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CBF retira apoio à "pirata" Sul-Minas-Rio, mas Kalil ironiza e mantém planos

19 out 2015 - 23h56
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Antes dada como certa, a relação da Liga Sul-Minas-Rio com a CBF foi colocada em cheque nesta segunda-feira. Embora a entidade não tenha se manifestado sobre o rompimento, outras partes envolvidas emitiram suas opiniões.

“A casa do 7 a 1 não quer nada com o futebol novo. Vamos fazer uma assembleia no Cruzeiro, na sexta-feira, e vamos fazer a nossa competição. Não dependemos da CBF para nada”, reclamou Alexandre Kali, ex-presidente do Atlético-MG, em entrevista ao Globo Esporte.

A mudança no posicionamento da CBF não ocorreu à toa. O novo rumo está relacionado a um ofício enviado pelo presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, ao mandatário da entidade nacional, Marco Polo Del Nero.

“Antes de entrarmos no ponto de discussão se o campeonato X vai ser melhor do que o Y, se a ‘liga tal’ vai ser melhor, temos que começar pela legalidade da matéria. Foi o que fizemos, e a criação desta competição é totalmente ilegal”, atacou Rubens Lopes à rádio Bradesco Esportes. “Exceto se rasgarmos estatutos e pisotearmos as leis, o que tenho certeza que a CBF não vai fazer. (...) O doutor Martorelli [Rinaldo José, presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol] já se posicionou contra isso. Ainda hoje, vi uma declaração dele contra esse torneio, essa coisa pirata que estão propagando”, criticou o mandatário da Ferj.

O secretário-geral Walter Feldman, no entanto, defendeu a Confederação. “A CBF tem de preservar o caráter da sintonia do futebol brasileiro e tem de respeitar o estatuto, elementos jurídicos, para incorporar a Liga Sul-Minas Rio como oficial no calendário. Para isso, teríamos de superar questões de direitos dos jogadores, que ainda não estão superadas”, explicou, também ao Globo Esporte. “Não temos esse direito, esse poder.”

“A gente pediu para conversar com a representação dos trabalhadores, e pedimos tempo para fazer uma assembleia para aprovação institucional da CBF. Não haveria nenhum problema porque a Liga Sul-Minas-Rio é semelhante à Copa do Nordeste. Mas aí ele [Alexandre Kalil] não aceitou”, encerrou Feldman.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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