PUBLICIDADE

Chile derruba "encardido" Uruguai e é 1º semifinalista da Copa América

24 jun 2015 - 22h41
(atualizado às 22h51)
Compartilhar
Exibir comentários

Com um a mais durante mais da metade do segundo tempo, o Chile teve dificuldades para derrubar a retranca e a mística do Uruguai, mas venceu a 'Celeste' por 1 a 0 nesta quarta-feira no Estádio Nacional, em Santiago, e se tornou o primeiro classificado para as semifinais da Copa América.

Com todo o país mobilizado a sua volta na busca por um título inédito, 'La Roja' esbarrava na resistência adversária, imposta mais na base da camisa e da garra que do futebol. No entanto, um gol de Isla a pouco mais de dez minutos do apito final serviu para o time da casa superar o atual campeão e maior vencedor da história do torneio continental, com 15 taças, e fazer a torcida explodir.

Para o Chile, o sonho continua, e a equipe, que se coloca entre os quatro melhores pela primeira vez desde 1997, fica esperando agora o vencedor do jogo entre Peru e Bolívia, marcado para esta quinta-feira, em Concepción. O duelo pelas semis acontecerá na próxima segunda-feira, também no Nacional.

Para os uruguaios, que haviam despachado as anfitriãs Venezuela e Argentina em 2007 e 2011, respectivamente, a eliminação significou uma quebra de invencibilidade em quartas de final da competição - só havia sido derrubado nos pênaltis em 1993 pela Colômbia - e risco de ver a 'Albiceleste' igualá-los em conquistas.

O Chile entrou em campo com o mesmo time que vem sendo titular desde a última Copa. Especulou-se a entrada de Beausejour no lugar de Mena na lateral esquerda, mas Jorge Sampaoli optou pelo jogador do Cruzeiro, que marca melhor.

Já Óscar Tabárez realizou três mudanças em relação ao empate com o Uruguai, no último sábado. Godín voltou à zaga após cumprir suspensão, enquanto Álvaro Pereira foi o desfalque da vez pelo segundo amarelo, e Fucile foi o lateral-esquerdo. Na frente, Abel Hernández perdeu espaço e 'Cebolla' Rodríguez foi quem jogou.

Cavani era dúvida para a partida porque seu foi preso após dirigir sob efeito de álcool e se envolver em um acidente com morte. O centroavante preferiu continuar na Copa América, mas pouco apareceu na partida e, visivelmente desequilibrado, foi expulso na segunda etapa.

A 'Celeste' iniciou a partida dando a impressão de que não se encolheria e deu algum trabalho nos primeiros minutos, embora sem levar perigo. A primeira boa chance foi dos donos da casa, aos sete minutos, quando Valdivia esticou na ponta, Isla levantou e, de primeira, Sánchez mandou para fora.

Como era de se esperar, o bicampeão mundial esperava pela oportunidade de contra-atacar, o que aconteceu aos 15 minutos. Cavani escapou pela direita e cruzou fechado buscando Rolán, que por centímetros não desviou. Bravo então segurou.

Com dificuldades para furar o bloqueio uruguaio por baixo, o Chile abusava de duas armas, o chuveirinho, embora seja uma seleção de média de altura baixa, e os chutes de longe. Aos 25, Aránguiz arriscou e Muslera ficou com a bola.

Não demorou para os ânimos fossem ficando exaltados, e o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricce teve que mostrar quatro cartões apenas na primeira etapa. Um deles foi para Cavani, que passou alguns segundos esbravejando com o auxiliar Fábio Pereira, aos 29.

Um dos melhores jogadores da primeira fase da Copa América, Vidal estava apagado. Aos 35, o jogador da Juventus apareceu com um chute de fora, mas o goleiro pegou mais uma.

Nos minutos anteriores ao intervalo, o Uruguai conseguiu sair do sufoco e igualou as ações. Aos 41, os visitantes tiveram boa falta para cobrar na esquerda, quase um escanteio curto, mas 'Cebolla' acertou a barreira no chute cruzado.

Os chilenos voltaram dos vestiários com fôlego renovado e incomodaram logo aos três minutos. Vidal dominou na ponta direita, carregou para o meio e finalizou de longe mais uma vez. Muslera defendeu sem dar rebote.

A resposta uruguaia foi dada aos sete, na bola parada. González fez o chuveirinho e Aránguiz, ao tentar cortar, acabou colocando na marca do pênalti. Para sorte do atleta do Internacional, Rolán pegou mal e facilitou o trabalho de Bravo.

Vidal aparecia mais para o jogo e, aos 15 minutos, escorou de cabeça na segunda trave depois de cruzamento de Mena. Bem colocado mais uma vez, Muslera encaixou.

A situação do ataque 'celeste' já não era muito boa, e o goleiro adversário trabalhava pouco. Para piorar, aos 19, Cavani acertou um tapa em Jara, viu o segundo amarelo e foi expulso.

Quando tinha tudo para se tornar soberano no duelo, com um a mais, o Chile ficou nervoso e passou a errar muito. Aos 29 minutos, Valdivia fez linda inversão na área para Isla, que poderia ter batido, mas preferiu mais um corte e foi bloqueado.

Francoatirador na partida, o Uruguai deu dois sustos seguidos com finalizações da entrada da área, aos 31 e aos 33. Na primeira, Sánchez mandou muito perto do poste esquerdo, fazendo a torcida prender a respiração no Estádio Nacional. Na segunda, Rodríguez isolou.

Quando o sufoco ia ficando grande, o Chile conseguiu evitar o que poderia ser visto como uma tragédia com um gol aos 35 minutos. Após o levantamento de Mena, Muslera cortou mal e deu no pé de Valdivia, que, na meia-lua, cortou e rolou para Isla chutar por baixo no canto esquerdo.

Na parte final do confronto, a partida ficou quente novamente, Fucile foi expulso, deixando a 'Celeste' com nove, e o técnico Tabárez ainda foi excluído. A equipe visitante ate tentou um último suspiro com chutões para frente, mas não evitou a eliminação.

Ficha técnica:.

Chile: Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena; Aránguiz, Díaz (Fernández), Vidal e Valdivia (Pizarro); Vargas (Pinilla) e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.

Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Godín, Giménez e Fucile; Sánchez (Jonathan Rodríguez), Arévalo Ríos, González e 'Cebolla' Rodríguez; Rolán (Hernández) e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez.

Árbitro: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Emerson de Carvalho e Fábio Pereira.

Cartões amarelos: Valdivia, Isla e Pinilla (Chile); Cavani, Fucile e Maxi Pereira (Uruguai).

Cartões vermelhos: Cavani e Fucile (Uruguai).

Gol: Isla (Chile).

Estádio Nacional, em Santiago.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade