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Campeonato Espanhol

Clássico servirá de teste para Kaká antes de decisão contra o United

1 mar 2013 - 17h16
(atualizado às 22h23)
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Kaká poderá ter neste sábado, no clássico contra o Barcelona, sua última oportunidade para demonstrar a José Mourinho que pode estar em campo em Old Trafford no jogo mais importante do Real Madrid na temporada até agora, o duelo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões com o Manchester United.

O crédito de Kaká vai acabando, e o treinador voltará a testar o time com o brasileiro, ansioso para voltar a ser o jogador que brilhou no Milan.

Aquele meio-campista que encantou jogando na Itália pouco foi visto com a camisa do Real. Desde que chegou à Espanha, há três temporadas e meia, só disputou 15 partidas completas. Nas últimas quatro em que esteve em Milão, somou 96 das 138 em que defendeu os 'rossoneri'. São dados que fazem com que muitos acreditem que a carreira do craque revelado pelo São Paulo está em declínio.

No entanto, suas últimas atuações pelo Real Madrid deixaram uma porta aberta para a esperança. Contra Deportivo La Coruña e Rayo Vallecano, pelo Campeonato Espanhol, Kaká deu demonstrações de seu melhor repertório, com um gol e passes de efeito, como um dado no estádio Riazor. No lance, o camisa 8 deu um lindo toque para Cristiano Ronaldo, que por sua vez rolou para Higuaín concluir a jogada com um gol.

Essa ressurreição de Kaká é apenas mais uma de várias vividas na passagem pelo Real, onde, no entanto, ainda se espera que ele obtenha a regularidade vista em 2007, que o rendeu o prêmio de melhor do mundo.

Seu desempenho diante do La Coruña foi suficiente para que fosse aberto um debate sobre sua presença no time titular do jogo de volta das semifinais da Copa do Rei, contra o Barcelona, vencido pela equipe madrilenha por 3 a 1 na última terça-feira.

Seu adversário pelo posto, o argentino Ángel Di María, ganhou a disputa. Mourinho acertou, já que precisava de um homem capaz de percorrer quilômetros, aproveitar os espaços deixados pela defesa catalã e puxasse contra-ataques.

Di María teve desempenho que há muito tempo não era visto e foi fundamental no segundo gol do Real. O drible em Puyol, que ficou estatelado no chão, entrou para a história do superclássico.

Kaká viu tudo do banco, consciente de que aquele não era seu dia. Mas ele ainda tem chances de reacender o debate acerca do time titular para o jogo contra o United. Di María está suspenso e não poderá encarar o Barcelona, e a posição deverá ser ocupada pelo brasileiro.

Neste ano, o camisa 8 ainda não foi titular contra uma grande equipe e, se pensa em pisar no gramado de Old Trafford, terá de, neste sábado, convencer Mourinho, que precisará de um homem capaz de abrir espaços na defesa inglesa.

Por enquanto, os números de Kaká na atual temporada são tão ruins quanto os da anterior. Entre Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol e Copa do Rei, ele acumula 706 minutos em campo, em 14 partidas, nas quais marcou três gols. No ano passado, também no começo de março, havia permanecido 1.288 minutos em campo, em 28 jogos, nos quais mandou a bola seis vezes para a rede.

Os números não inspiram otimismo, mas as duas últimas apresentações, sim. Rayo Vallecano e La Coruña representam a linha que o brasileiro precisa seguir. Inspiração maior ainda é a apresentação do jogador em Old Trafford, em 24 de abril de 2007, pelas semifinais da Liga dos Campeões. Na ocasião, marcou dois gols e abriu caminho para o Milan rumo à final.

Passaram seis anos desde aquele dia. Kaká quer repetir sua façanha, mas Mourinho precisa de provas de que ele pode conseguir o feito.

"No futebol, tudo muda muito depressa. Estou muito melhor, e agora vem o bom da temporada. Se o técnico precisar de mim, aqui estou", declarou o brasileiro após o grande desempenho no estádio Riazor.

É o treinador quem tem a última palavra. Antes de confiar-lhe a titularidade, o português ainda fará um último teste com Kaká.

EFE   
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