Com exame 'dentro do esperado', Valdivia acusa falta de confiança e pede para não jogar
O departamento médico do Palmeiras planejava liberar Valdivia a partir do clássico de sábado, contra o Santos, pelas quartas do Paulistão Chevrolet. A lesão na coxa direita que deixou o chileno fora dos últimos 11 jogos já está cicatrizada, o que foi comprovado por um exame de imagem. Mas o jogador pediu para aumentar o período de recuperação. O novo prazo não foi estipulado, mas já é certo que, além do Peixe, ele também não pega o Tijuana (MEX), terça, pela Libertadores.
- O Valdivia não vai participar desses próximos dois jogos. Estávamos chegando à fase final de treinamento, intensificamos e incomodou um pouco. Não é uma nova lesão. Ele pediu para tratar um pouco mais, não está confiante. Optamos, em conversa com ele, preparação física e comissão técnica, por aumentar esse prazo de preparação. Não vou fechar o novo prazo. Eu preciso que ele fortaleça novamente, volte aos treinamentos e se sinta confiante. Cicatrizado, foi. Não é uma questão anatômica. Dependemos que ele se sinta confiante - explicou o médico Otávio Vilhena.
Valdivia teria condições clínicas de enfrentar o Ituano, no domingo passado, mas a comissão técnica optou por preservá-lo para os jogos decisivos que estão por vir. O chileno voltou aos treinos com o grupo na terça-feira e se sentia confortável para defender a seleção chilena na quarta, em amistoso contra o Brasil, no Mineirão, mas o clube alviverde achou mais prudente não liberá-lo.
No dia do amistoso, o Palmeiras treinou no gramado sintético do Nacional na tentativa de se adaptar ao terreno que encontrará no Estádio Caliente, diante do Tijuana. Valdivia ficou na Academia fazendo fortalecimento muscular. Nesta quinta, ficou fora da atividade no CT do clube e teve o veto oficializado.
- A fase final é treinamento com bola e chutes a gol. Isso exige mais da musculatura que ele machucou, que é o reto femoral, o músculo do chute. Começou a incomodar. A gente repetiu o exame e está dentro do esperado para a fase de cicatrização, mas ele não está confiante - acrescentou o médico, que não sabe explicar o motivo de tantos problemas físicos do chileno.
- A gente conversou várias vezes nesses últimos anos sobre essa situação. Foi uma lesão nova, em uma musculatura normal. Não teve lesão em um lugar que já havia lesionado. Esse ano está melhor, se apresentou mais forte que nos anos anteriores. No exame isocinético, de força, antes de machucar, ele teve seu melhor resultado no Palmeiras. Fisicamente, estava muito bem. Não consigo falar o motivo exclusivo de machucar. Ele é novo ainda, mas não é o mesmo jogador que começou com a gente, não é a mesma coisa, é diferente. Ele teve outras lesões e isso aumenta o risco de novas lesões - completou.
Em 2013, Valdivia já sofreu problemas no tornozelo esquerdo e na coxa esquerda antes da lesão atual. No início do ano, ele garantiu que mudaria sua postura para voltar a ter espaço na seleção de seu país.
