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Com fracassos, futebol brasileiro renega status no Pan-Americano

31 out 2011 - 07h46
(atualizado em 4/5/2012 às 17h47)
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A avaliação do desempenho do futebol brasileiro nos Jogos Pan-Americanos é preocupante: em Guadalajara, as equipes masculina e feminina acabaram por renegar seus status. O respeito pela camisa verde e amarela e a responsabilidade de representar a Seleção mais vitoriosa do mundo deram lugar a um fracasso feminino, impedindo o tricampeonato, e a outro vexame masculino, eliminado ainda na primeira fase.

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Masculino dá "repeteco" de vexame

Os jogadores brasileiros são reconhecidamente os melhores do planeta. Como se isso não fosse suficiente, a Seleção Brasileira Sub-20, escolhida para representar o País no Pan, chegou a Guadalajara com nomes que conquistaram o título mundial obtido em agosto. Apesar disso, os comandados de Ney Franco conquistaram apenas dois pontos em três jogos e foram eliminados na primeira fase.

Assim, a equipe mantém o jejum de conquistas pan-americanas: não fica com a medalha de ouro desde 1987, em Indianápolis. Em duas edições subsequentes do Pan, a Seleção masculina sequer participou: em Havana (1991) e Winnipeg (1999). A eliminação no México, local em que a Seleção brilhou na Copa do Mundo de 1970, na conquista do tri mundial, foi vergonhosa, com derrota para Costa Rica por 3 a 1.

A situação é um "repeteco" do vexame protagonizado no Rio de Janeiro, em 2007, quando a equipe ficou em segundo lugar em seu grupo, atrás do Equador, e não conseguiu a classificação. Ney Franco culpou a inexperiência do time, que também conquistou o Sul-Americano Sub-20 em 2011. Além disso, criticou a arbitragem, mesmo diante do fato de o time ter jogadores expulsos nos três jogos que disputou.

Feminino vive drama e sucumbe nos pênaltis

Até 2011, o Pan-Americano havia dado provas da superação do futebol feminino brasileiro, que convive com a falta de apoio e de competições oficiais, tentando sem êxito conquistar títulos de expressão como Olimpíada e Copa do Mundo. No Pan, pelo menos, o status brasileiro era máximo: chegou a Guadalajara como bicampeão e, apesar de desfalcado de atletas como Marta e Cristiane, com grandes chances de ficar com o ouro de novo.

O time comandado por Kleiton Lima teve tropeços e só se classificou em primeiro com uma "vitória" no sorteio feito pela organização - Brasil e Canadá, que empataram por 0 a 0 na última partida da primeira fase, se igualaram também em todos os critérios de desempate. Para complicar ainda mais, o grupo sofreu um abalo com a morte do pai da lateral Maurine, uma das principais jogadoras.

Apesar da notícia, Maurine decidiu continuar em Guadalajara, em busca do ouro para homenagear o pai. Fez o gol da classificação na semifinal contra o México e fortaleceu o time todo. Na final, no entanto, amargou junto às companheiras um sofrido revés: elas voltaram a empatar com o Canadá e, nos pênaltis, foram derrotadas. Kleiton Lima voltou a cobrar apoio para a modalidade e relevou a perda do tricampeonato.

"No Rio 2007 estávamos com um time completo e as adversárias, não. Aqui em Guadalajara foi totalmente diferente, pois oito jogadoras que disputaram o Mundial não estiveram aqui conosco. Valeu como aprendizado para Londres 2012", afirmou o treinador, há três anos à frente da equipe feminina do Brasil.

Fonte: Terra
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