PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Consolidado no Botafogo, Seedorf credita saída do Milan a técnico Allegri

31 out 2013 - 12h24
Compartilhar

Um ano depois de conquistar seu último título italiano com o Milan, em 2010/11, Clarence Seedorf pegou todos de surpresa ao trocar a equipe rossonera pelo Botafogo. Agora prestes a completar sua segunda temporada na equipe alvinegra, o meia holandês explicou os motivos de sua saída do time italiano e creditou grande parte da responsabilidade de sua transferência ao atual treinador do clube de San Siro, Massimiliano Allegri.

Segundo Seedorf, o comandante tinha o costume de barrá-lo da equipe após o escalar como titular em partidas consideradas mais difíceis e, assim, ‘queimava-o’ com os torcedores, que considerava-no mal fisicamente. Como consequência, o meia se viu desmotivado e obrigado a procurar novos desafios em sua carreira.

"Eu sabia que precisava de motivação e achei aqui no Brasil. A minha relação com o treinador do Milan (Massimiliano Allegri) não era das melhores. Ele me fazia jogar todas as partidas importantes como contra a Juventus, Barcelona, e depois me deixava quatro jogos no banco. Fazendo isto, ele deixava algumas dúvidas para o resto do mundo, que não sabia se eu estava bem ou não", explicou, em entrevista ao Sportv.

Seedorf seguiu comentando sobre a sua saída do Milan e afirmou que Allegri não tinha razão em ‘poupá-lo’ da maioria das partidas alegando que não estava bem fisicamente. "Não era questão de idade, porque, quando a gente treina e joga constantemente, não perde o condicionamento físico. É claro que dificilmente você melhora fisicamente com o passar do tempo, mas quem sempre trabalhou bem, que se cuidou, consegue manter um ótimo nível. E depois, também, a experiência vai compensando onde as pernas não aguentam mais. O que o (Paul) Scholes e o (Ryan) Giggs fizeram no ano passado são prova disto", contou, referindo-se à conquista do título inglês pelo Manchester United.

O holandês foi além e disse que, enquanto a equipe de San Siro prosseguir com tal ‘politica’, dificilmente conseguirá voltar a ser dominante no futebol italiano e europeu. "Foi um pecado, não só no meu caso como também no de outros companheiros que eu tive, como o (Alessandro) Nesta e o (Paolo) Maldini. Eles foram quase obrigados a sair do Milan pela idade, e agora vemos um time que não estamos acostumados, porque falta qualidade. O Milan precisa de uma boa renovação e ainda vai demorar um tempo para voltar ao topo", analisou.

Se veio ao Botafogo para recuperar sua motivação e alegria de entrar em campo, Seedorf parece ter conseguido. Principal jogador da equipe e maior ídolo da torcida alvinegra, ele se rendeu ao clube de General Severiano e, principalmente, ao treinador Oswaldo de Oliveira. "Minha relação com o Oswaldo é fantástica. Não só como treinador, mas como pessoa também. Ele é fantástico. É uma pessoa que eu estava buscando para a minha carreira. Era este respeito, esta confiança que eu estava precisando", encerrou Seedorf, cutucando o seu desafeto Massimiliano Allegri.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade