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Terra na Copa

Administrador do Maracanã não vai interferir no preço dos ingressos

22 out 2012 - 13h46
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

O consórcio que ganhar a licitação para administrar e operar o Maracanã não poderá interferir no preço dos ingressos dos jogos, segundo a proposta do edital apresentada nesta segunda-feira pelo governo do Rio. Segundo o secretário da Casa Civil do governo estadual, Régis Fitchner, o mandante é quem determina o valor que será cobrado nos jogos, conforme estipula o Estatuto do Torcedor.

Entorno do Maracanã passará por mudanças drásticas
Entorno do Maracanã passará por mudanças drásticas
Foto: Fernandes Arquitetos / Divulgação

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"Já vi muitos comentários por aí dizendo que o ingresso ficará mais caro. O preço é determinado pelo mandante do jogo. Não será o concessionário quem fixará o preço", declarou Fichtner.

O edital também veta a possibilidade de mudança no nome do estádio, batizado de Jornalista Mário Filho. Fichtner admitiu que essa restrição pode frear possíveis interessados, mas foi uma opção do governo para preservar a tradição do estádio mais famoso do futebol brasileiro.

A proposta será levada à audiência pública no próximo dia 8, no Galpão da Cidadania, na zona portuária do Rio. A ideia do governo é que o edital final esteja disponível dez dias úteis após a realização da audiência, com a licitação sendo realizada no início do ano que vem.

O novo administrador do Maracanã terá que pagar pelo menos R$ 7 milhões anuais ao governo estadual, ao longo dos 35 anos de concessão estipulados no contrato. O consórcio que levar o estádio terá que fazer investimentos de R$ 469 milhões na construção de um novo estádio de atletismo, um parque aquático, além de estacionamentos e melhorias no ginásio do Maracanãzinho. Um heliponto também será instalado no complexo. Todas essas alterações terão que estar concluídas até 2016.

"As pessoas que vão de carro hoje não têm onde estacionar. É preciso um mínimo de vagas de estacionamento. Das 2 mil vagas, 1.500 serão cobertas", observou Fichtner

A ideia é que o Maracanãzinho se torne uma arena multiuso, recebendo shows e grandes eventos, saindo do foco atual ligado a eventos esportivos. O ginásio terá que passar por tratamento acústico e receberá arquibancadas retráteis. Com isso, a capacidade do ginásio será reduzida de 11.424 para 9.914 lugares. Serão construídas ainda duas quadras de aquecimento. Atualmente, não existe nenhuma.

O estádio de atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Julio Delamare serão demolidos, dando lugar a estacionamentos, lojas e áreas de convivência. O Museu do Índio, na área externa do complexo, também deixará de existir. Ali, será erguido um Museu do Futebol, além de mais vagas para carros.

Com isso, um terreno do Exército do outro lado da linha do trem que passa em frente ao estádio dará lugar a novos equipamentos para a prática de atletismo e esportes aquáticos. A área fica ao lado da Quinta da Boa Vista. No terreno, está um centro de equitação do Exército. Fitchner disse que o espaço será mantido ali, mas numa área reduzida. Ao lado, será instalada uma área de lazer.

O edital prevê que a área externa do Complexo do Maracanã será ampliada de 29.355 metros quadrados para 43 mil metros quadrados, com calçadas de pelo menos 15 metros de largura para facilitar o escoamento do público.

Cadeiras cativas

Os donos de cadeiras cativas terão seus lugares mantidos no estádio, mas não necessariamente na mesma posição anterior. Fitchner explicou que eles serão chamados ainda este ano para ouvirem a proposta sobre os novos assentos, que está sendo finalizada.

"Vamos manter cadeiras cativas do Maracanã. Os donos terão o direito respeitado. Mas como temos um estádio completamente repaginado, ninguém vai ficar localizado no mesmo local. Ainda este ano, vamos convocar os donos, mostrar onde será o local destinado. Vamos sortear a localização exata de cada cadeira, dentro do que foi destinado. Estamos acabando de modelar isso", comentou.

Fonte: Terra
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