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Terra na Copa

Apesar do escândalo dos ingressos, Fifa defende a Match

13 jul 2014 - 13h25
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<p>Joseph Blatter n&atilde;o se pronunciou sobre a venda ilegal de ingressos</p>
Joseph Blatter não se pronunciou sobre a venda ilegal de ingressos
Foto: GABRIEL BOUYS / AFP

Apesar de dizer a todo momento que não pode fazer comentários a respeito da investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que pesquisa a ligação de funcionários da empresa Match com uma quadrilha de cambistas, a Fifa saiu em defesa da companhia através de nota oficial na tarde deste sábado. A entidade máxima de futebol diz que tem uma parceria com a Match há muitos anos e que acredita na inocência dos diretores da empresa, entre eles Raymond Whelan, que está foragido desde a última quinta-feira.

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Whelan já tinha sido detido no hotel Copacabana Palace por envolvimento com o argelino Lamine Fofana, mentor de um grande esquema ilegal de revenda de entradas e que está preso com outras 10 pessoas em Bangu 10, presídio na Zona Oeste da cidade. O delegado Fabio Barucke, que comanda as investigações, acusa Whelan de ser o chefe da quadrilha. No quarto dele no hotel foram encontrados mais de 200 ingressos e dinheiro vivo.

A desconfiança da polícia é que a tática da Fifa seja a de não dar respostas para que todos possam deixar o País e voltarem para a Suíça, onde a lei brasileira no caso de venda ilegal de ingressos e lavagem de dinheiro não poderia ser aplicada. "Por isso precisamos do máximo de informações para evitar que as pessoas deixem o País sem responder às perguntas da Justiça”, disse Fernando Veloso, chefe da polícia civil do Rio. A porta-voz da Fifa Délia Fischer voltou a dizer neste domingo no Maracanã que a entidade só vai se pronunciar quando receber informações concretas da polícia.

Délia rechaçou as informações de que vários patrocinadores da entidade tenham manifestado sua insatisfação com o escândalo descoberto pela polícia brasileira, envolvendo funcionários da Match, única empresa autorizada pela Fifa a vender pacotes de ingressos para a Copa do Mundo. “Temos ótimo relacionamento com nossos patrocinados e o interesse é que tenhamos manchetes positivas sempre. Mas não recebemos nenhuma reclamação por parte deles”, disse.

A Fifa só vai dizer se vai rever seus métodos de venda de ingressos pela internet, tão contestada, quando fizer uma avaliação da Copa de 2014. Por enquanto nada muda. A entidade segue na defesa aberta da Match. Até agora também não deu qualquer explicação sobre a destinação dos ingressos apreendidos pela polícia - se foram anulados ou recolocados à venda. Nesta segunda-feira, o presidente Joseph Blatter e o secretário geral, Jerome Valcke, têm seu último encontro com os jornalistas antes de se despedirem do Brasil. Pode ser a última chance de se ter uma posição oficial da Fifa sobre o escândalo.

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Fonte: Terra
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