Após derrota histórica, Argentina defende liderança contra a Venezuela
Líder das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014 com certa folga, a Argentina foi derrotada apenas uma vez na competição até agora, logo na segunda rodada, em outubro de 2011, para a Venezuela, adversária desta sexta-feira no estádio Monumental de Nuñez.
No dia 11 daquele mês, Amorebieta fez o gol do triunfo da 'Vinotinto' por 1 a 0 em Puerto La Cruz. De lá para cá, muita coisa mudou.
Na época, ainda era recente na cabeça do torcedor argentino o fracasso na Copa América em casa, meses antes, em que a equipe, na época comandada por Sergio Batista, perdeu nas quartas de final para o Uruguai. Lionel Messi ainda era visto com desconfiança quando vestia a camisa da seleção, e o técnico Alessandro Sabella ainda buscava uma formação ideal.
Agora, no entanto, Messi já caiu nas graças também de seus compatriotas, e aquela foi a única derrota da equipe nas Eliminatórias. Com isso, a Argentina lidera as Eliminatórias com 20 pontos, três a mais que o Equador, segundo colocado. Por sua vez, a Venezuela está em quarto lugar, com 12 pontos, e obteria a inédita vaga no Mundial caso a classificatória terminasse hoje.
Sabella terá dois desfalques importantes na linha ofensiva para a partida em Buenos Aires, o meia Ángel Di María, suspenso, e atacante Sergio Agüero, lesionado. As baixas abrem espaço para a entrada de Montillo, do Santos, no meio-campo e de Ezequiel Lavezzi na frente.
Prova de que a relação da torcida é bem melhor que a de meses atrás é que os ingressos para o jogo contra a Venezuela já se esgotaram há alguns dias. A Argentina volta ao Monumental pela primeira vez desde junho de 2012, quando goleou o Equador por 4 a 0.
"Ganhar em casa é muito importante, contra qualquer adversário. A partida de amanhã será muito difícil porque a Venezuela tem uma boa equipe, é organizada, pode jogar no contra-ataque, com jogadores rápidos", opinou Messi.
Por sua vez, os venezuelanos também terão ausências importantes, casos de Amorebieta, autor do gol da vitória na segunda rodada, e do lateral-direito Roberto Rosales, ambos machucados.
Um dos grandes nomes da seleção 'vinotinta', o atacante Salomón Rondón afirmou ter a expectativa de obter pelo menos um empate em Buenos Aires, mas sabe que o adversário fará de tudo para vencer em casa.
"Viemos para a Argentina com muita esperança. Não sei se eles buscarão uma revanche pelo que aconteceu em Puerto La Cruz. O que é certo é que tentarão passar por cima da gente", comentou o jogador do Rubin Kazan, da Rússia.
Prováveis escalações:
Argentina: Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Federico Fernández, Ezequiel Garay e Marcos Rojo; Fernando Gago, Javier Mascherano e Walter Montillo; Lionel Messi, Gonzalo Higuaín e Ezequiel Lavezzi. Técnico: Alejandro Sabella.
Venezuela: Daniel Hernández; Alexander González, Oswaldo Vizcarrondo, Andrés Túñez e Gabriel Cichero; César González, Tomás Rincón, Franklin Lucena e Juan Arango; Josef Martínez e Salomón Rondón.
Árbitro: Víctor Carrillo (Peru), auxiliado por seus compatriotas Jonny Bossio e Raúl López.
Estádio: Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.