Após divergências, ministro define relação com a Fifa: "cooperação"
O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, chegou a discutir publicamente com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, por conta do andamento das obras no Brasil. Com a relação menos tensa, o político mostrou tranquilidade para falar sobre o atual relacionamento com a entidade que rege o futebol. Segundo ele, há uma vontade de cooperação pelas duas partes.
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"Há um trabalho na busca pelo interesse comum. É uma relação de cooperação. A Fifa, os governos estaduais, municipais, todos querem fazer uma boa Copa do Mundo e nosso interesse nos leva a um trabalho neste sentido", discursou o ministro, nesta sexta-feira, no 4º Fórum das cidades-sede da Copa, realizado no Palácio dos Bandeirantes.
Em março, a relação entre Rebelo e Valcke se estremeceu, quando o secretário-geral disse que o Brasil merecia um "chute no traseiro", diante do atraso nas obras nos estádios e mobilidade urbana, visando o Mundial. O ministro se incomodou com a frase, dizendo que não o aceitaria mais como interlocutor da Fifa.
Após tratativas para esquecer o assunto, como o pedido de desculpas de Valcke e Joseph Blatter, presidente da Fifa, o secretário-geral voltou ao País nesta semana para novas vistorias nas cidades-sede. Com a passagem por Recife, Natal e Brasília, onde ficou satisfeito com o desenvolvimento do Estádio Mané Garrincha, Valcke adotou um discurso otimista e fez elogios ao andamento das obras no País.
"A visita foi ótima para ver de perto que os preparativos estão a toda velocidade e que os estádios vão tomando forma. Vimos o esforço e o trabalho duro que o país anfitrião vem aplicando. É claro que ainda resta muito trabalho pela frente e não podemos perder um minuto sequer, mas tenho certeza de que, juntos, faremos da Copa do Mundo um verdadeiro sucesso", disse Valcke, em carta divulgada no site da Fifa.
Embora o relacionamento tenha melhorado, ainda há divergências nas discussões, como na Lei Geral da Copa. Enquanto a Fifa deseja a liberação das bebidas alcoólicas nos estádios durante o Mundial, o governo deixou a decisão a cargo das cidades-sede. Para Rebelo, as diferenças deverão ser colocadas de lado durante as resoluções para a Copa.
"Quando houver diferença de opinião, vamos administrar as diferenças de forma civilizada. Temos que sempre ter em mente o interesse comum, que é a realização de uma boa Copa do Mundo", completou Rebelo, que demonstrou confiança nesta manhã com o cumprimento dos prazos nas obras a serem realizadas, tanto para o Mundial, quanto para a Copa das Confederações, a ser realizada em 2013.
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