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Terra na Copa

Argentina "de um homem só" e conjunto alemão fazem tira-teima 24 anos depois

12 jul 2014 - 13h20
(atualizado às 13h24)
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Em desempate após terem decidido as Copas do Mundo de 1986 e 1990, com uma vitória para cada, Argentina e Alemanha farão neste domingo a final da edição de 2014 do Mundial, no Maracanã, onde um craque entrará de vez para o hall dos melhores da história ou a força de um conjunto trabalhado há anos será coroada.

Como nas Copa do México, há 28 anos, em que os argentinos triunfaram, e na seguinte, na Itália, em que o 'Nationalelf' levou a melhor, o panorama é o mesmo: uma equipe muito entrosada terá que parar um craque, que agora é Lionel Messi e não Diego Maradona.

Em busca do tetra, a Alemanha conta com um grupo forte. Alguns jogadores mais experientes, caso do volante Bastian Schweinsteiger e do atacante Lukas Podolski, já estão em sua terceira Copa, e o maior artilheiro da história do torneio, Miroslav Klose, na quarta.

Outros, mais novos, como o goleiro Manuel Neuer e os meio-campistas Sami Khedira e Mesut Özil, disputam o Mundial pela segunda vez, mas jogam juntos desde a base e despontaram com o título do Europeu Sub-21 de 2009. Uniu-se a eles em 2010 o meia atacante Thomas Müller, Chuteira de Ouro e Melhor Jogador Jovem na África do Sul e vice-artilheiro no Brasil até agora, com cinco bolas na rede, uma a menos que o colombiano James Rodríguez.

À frente desse elenco, está um treinador que o conhece bem. Joachim Löw foi auxiliar de Jürgen Klinsmann na Copa de 2006, em casa, e assumiu a seleção alemã logo depois disso. Desde então, bateu na trave três vezes, no Mundial de 2010 e nas Eurocopas de 2008, com o vice-campeonato, e de 2012, em que caiu nas semifinais.

A combinação deu certo até agora. A Alemanha chega à decisão após exibições seguras e dois resultados marcantes: a vitória sobre Portugal de Cristiano Ronaldo por 4 a 0 na estreia e a humilhante goleada sobre o Brasil por 7 a 1 nas semifinais.

Löw tem apenas uma dúvida para montar a equipe, o zagueiro Jerome Boateng, que na sexta-feira deixou o treino com dores na virilha. Caso o jogador do Bayern de Munique não atue, Per Mertesacker estará em campo.

Além de um grande time, a Argentina terá que lutar contra uma mística. Brasil e Itália, únicas seleções que já obtiveram o tetra, conquistaram o quarto título quebrando um jejum de 24 anos desde o tri. Além disso, a 'Azzurra' perdeu uma decisão três Copas antes de chegar à quarta estrela, como aconteceu com a Alemanha, derrotada pela seleção brasileira em 2002.

Para superar a força do adversário e as escritas, a 'Albiceleste' aposta em Lionel Messi. O camisa 10 tem a chance deixar para trás o único - ou maior - argumento dos que ainda não o colocam entre os maiores jogadores de todos os tempos: "ele não venceu uma Copa do Mundo".

Messi ainda não protagonizou lances de efeito em gramados brasileiros, mas já foi decisivo. Marcou quatro gols, todos eles que decidiram vitórias pela vantagem mínima contra Bósnia (2x1), Irã (1x0) e Nigéria (3x2) e deu o passe para que Di María garantisse o triunfo sobre a Suíça na prorrogação nas oitavas de final.

Di María, aliás, é o único problema para o técnico Alejandro Sabella. O meia do Real Madrid sofreu uma lesão na coxa direita contra a Bélgica, nas quartas, e vem fazendo trabalho intensivo de recuperação para poder jogar. Caso não possa estar em campo, ele mais uma vez dará lugar a Enzo Pérez.

Prováveis escalações:.

Alemanha: Neuer; Lahm, Boateng (Mertesacker), Hummels e Höwedes; Khedira e Schweinsteiger; Müller, Kroos e Özil; Klose. Técnico: Joachim Löw.

Argentina: Romero; Zabaleta, Garay, Demichelis e Rojo; Biglia, Mascherano e Pérez (Di María); Messi, Lavezzi e Higuaín. Técnico: Alejandro Sabella.

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália), auxiliado por seus compatriotas Renato Faverani e Andrea Stefani.

Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

EFE   
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