Forças e fraquezas: veja pontos chaves para a final da Copa Por Dassler Marques A semifinal mostrou uma Alemanha senhora de si e uma Argentina mais propensa a vencer seus jogos com sofrimento. De certa forma, algo que acompanhou a caminhada das duas seleções na Copa do Mundo. Para a final no Maracanã, esse é justamente o panorama que se apresenta. Jogos desse tamanho sempre podem reservar surpresas, mas elas podem ser evitadas. Por isso, acompanhe a seguir tudo o que envolve as propostas de Alemanha e Argentina para a decisão, seus pontos fracos e fortes e quem é que realmente pode decidir o título mundial. Neste caso, não há ninguém mais habilitado que Lionel Messi. FORÇAS DA ALEMANHA Meio com toque de Guardiola Líder de passes na Copa do Mundo, o setor que se caracterizava por um jogo extremamente direto agora parece mais paciente para aguardar o momento de agir. Neuer, Lahm, Boateng, Kroos, Schweinsteiger e Müller, todos titulares, são treinados por Pep Guardiola no Bayern de Munique. Feitos para a Copa do Mundo Thomas Müller, ultimamente pela ponta esquerda, e Miroslav Klose, titular no comando do ataque, parecem atingir um nível superior quando o assunto é Copa do Mundo. O centroavante superou Ronaldo e chegou a 16 gols em Mundiais. Müller, aos 24 anos, atingiu 10 gols em duas edições do torneio. Foto: Martin Rose - Getty Images Experiência dos capitães Semifinalistas em 2006 e 2010, sempre como titulares, Philipp Lahm e Bastian Schweinsteiger têm uma rodagem do torneio que falta no elenco argentino. Quando o primeiro foi à lateral e abriu espaço para Kroos e Khedira, a Alemanha decolou no Mundial. Já Schweinsteiger, livre de problemas físicos, é o coração da equipe que enfim chega à final da Copa. Foto: Ian Walton / Getty Images FORÇAS DA ARGENTINA Defesa impenetrável Sem nenhum gol sofrido no mata-mata, a Argentina chega à decisão como o time ideal para enfrentar a demolidora Alemanha que marcou sete vezes contra o Brasil. Desde que Lavezzi virou titular, os argentinos ganharam em pegada e hoje o sistema defensivo atua bem protegido, principalmente por Mascherano. No gol, Romero também vive momento sublime. Foto: Clive Rose /Getty Images Lionel Messi Livre do estigma de que não brilhava em Mundiais, Messi conseguiu alguns jogos decisivos e é a grande esperança da Argentina para o Maracanã. Não há outro jogador tão habilitado a decidir a final em um lance pessoal quanto o número 10. Com quatro gols na primeira fase e assistência decisiva nas oitavas, Lionel agora tentará fechar a participação com chave de ouro. Foto: Clive Rose /Getty Images Treinador copeiro Campeão da Copa Libertadores com o Estudiantes, Alejandro Sabella é do tipo que sabe armar sua equipe para jogos eliminatórios. Isso consiste em errar pouco, brigar por cada bola, sempre estar organizado em campo e ter frieza para converter as oportunidades. Não à toa, a Argentina jamais ficou atrás no marcador da Copa e correu poucos riscos de modo geral. Foto: Shaun Botterill /Getty Images FRAQUEZAS DA ALEMANHA Estigmas que sempre podem pesar Atrás do maior título de sua vida e com um trabalho que permite almejá-lo, Joachim Löw precisa se livrar do estigma do quase. Vice-campeão na Euro 2008 e semifinalista em 2012, também não havia rompido a fronteira do sexto jogo no último Mundial. O massacre de 7 a 1 sobre o Brasil traz um favoritismo com o qual a Alemanha precisará saber conviver no Rio. Foto: Lars Baron / Getty Images Aberta aos contra-ataques É esperado um jogo com iniciativa da Alemanha, cenário ideal para os argentinos. Acostumada com essa obrigação na Copa, agora a equipe de Lionel Messi poderá jogar de modo confortável para contragolpear. Com a linha de defesa adiantada por vocação, os alemães são pouco eficazes em bloquear esse tipo de expediente muito bem aproveitado por Gana. Foto: Laurence Griffiths / Getty Images FRAQUEZAS DA ARGENTINA Dificuldade em jogar sem espaços No caso de a Alemanha abrir o placar no Maracanã, fatalmente, a Argentina deve ter problemas. Quando tem a necessidade de propor o jogo, a equipe de Alejandro Sabella sente falta de laterais bons no apoio e volantes com qualidade para o passe. Se não tem espaços para correr, o time argentino tende a sofrer mais para conseguir ocasiões de gol. Foto: Ian Walton / Getty Images Energias reduzidas Fisicamente, a Alemanha parece mais inteira para a final. Além de um dia a mais para sua preparação até domingo, o time alemão passeou na semifinal e só passou por uma prorrogação na Copa, ainda nas oitavas. Sabella costuma dizer que economizar energias é vital, mas a Argentina não conseguiu. Teve duas prorrogações, uma disputa por pênaltis e ainda tem Angel Di María, um nome essencial, em condições distantes do ideal. Foto: Matthias Hangst / Getty Images ENQUETE Qual seleção ganha a Copa do Mundo? Alemanha Argentina mais especiais de esportes