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Terra na Copa

Cabral decide manter estádio Célio de Barros e parque aquático Júlio Delamare

2 ago 2013 - 18h49
(atualizado às 19h20)
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O governo do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira que, ao contrário do que pretendia, não vai demolir as instalações esportivas próximas ao Maracanã, o que pode gerar um problema legal com o consórcio que adquiriu recentemente a gestão do estádio.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse hoje que serão mantidos de pé o estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Julio Delamare, em cujo lugar seriam construídos estacionamentos para a Copa do Mundo de 2014.

A conservação das instalações esportivas era uma exigência das federações brasileiras de atletismo e natação, além dos moradores dos arredores e de grande parte da sociedade carioca, que incluiu esta questão na longa lista de reivindicações das manifestações dos últimos meses.

A mudança de opinião causou automaticamente um problema com o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., que no último mês de junho ganhou em uma licitação o direito de gerir o estádio nos próximos 35 anos.

O consórcio paga um preço considerado muito baixo pela administração do estádio (R$ 181,5 milhões) porque, em compensação, teve que assumir as obras de demolição dos citados estádios e a construção dos estacionamentos e outras instalações.

Em comunicado, a empresa disse que "está analisando o novo cenário" e se comprometeu a apresentar uma alternativa em um prazo de 20 dias para que o contrato de concessão siga sendo viável.

O governo de Rio mudou de opinião esta semana inclusive em relação ao antigo Museu do Índio, um edifício praticamente em ruínas vizinho ao Maracanã onde viviam dezenas de indígenas de várias etnias.

Primeiro deixou de lado a ideia de derrubar o edifício e agora o governador aceitou estudar o possível retorno dos índios ao edifício, que foram expulsos pela polícia para permitir a construção de um museu olímpico.

Nas últimas semanas, grupos de manifestantes estão realizando protestos com frequência quase diária às portas da casa de Cabral e na sede do governo não só pela questão do Maracanã, mas também contra a corrupção e com uma longa lista de reivindicações.

EFE   
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