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Terra na Copa

Campeã mais "discreta", França tentará superar azarões no grupo E

10 jun 2014 - 18h41
(atualizado às 18h45)
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Campeã mundial "mais discreta" nesta atual edição da Copa do Mundo, a seleção francesa terá que superar o duro golpe de perder a principal estrela, Franck Ribéry, para conseguir levar a melhor no grupo E, que ainda tem Equador, Honduras e Suíça.

Os 'Bleus', assim como os uruguaios, foram as seleções com título no currículo que precisaram disputar repescagem para se garantir nesta edição do torneio. O sofrimento, no entanto, foi maior que o dos sul-americanos.

Em Kiev, a França foi derrotada por 2 a 0 pela Ucrânia, mas com dois gols de Mamadou Sakho e um de Karim Benzema, os campeões de 1998 deram a volta por cima no jogo de volta, no Stade de France, e carimbaram passaporte rumo ao Brasil.

Aliás, a seleção comandada por Didier Deschamps chegou a provocar arrepios no sorteio dos grupos do Mundial, realizado em dezembro na Costa do Sauípe, na Bahia. Por ser pior europeia no ranking da Fifa, se especulou que a equipe iria para o grupo encabeçado por um sul-americano, com mais um europeu.

A possibilidade de uma chave com Brasil, França, e outro adversário de peso como Inglaterra, Itália, Portugal ou Holanda, tirou o sono de muita gente. A Fifa, no entanto, mudou o critério, e o grupo da morte não contou com o time de Deschamps.

O sorteio colocou os franceses em uma chave relativamente acessível, com rivais que não figuram entre os protagonistas do futebol mundial. O próprio comandante 'bleu', no entanto, vem repetindo que a seleção está fora do grupo dos favoritos.

Para respaldar seu realismo, Deschamps não se cansa de lembrar a eliminação precoce na Copa de 2010, quando a França fez apenas um ponto, no empate com o Uruguai na estreia, perdendo as duas partidas seguintes, para México e África do Sul.

O ex-volante da seleção, campeão em 1998, garante que a partida contra Honduras, no dia 15 de junho, no Beira-Rio, é decisiva para as pretensões de classificação na fase de grupos.

Deschamps, contudo, esperava contar com Ribéry, terceiro melhor jogador do mundo em 2013. O jogador, de 31 anos, foi cortado devido uma lombalgia e acabou substituído por Morgan Schneiderlin. Outro que perdeu o torneio após figurar na lista final foi o meia Clément Grenier, que deu lugar a Rémy Cabella.

Sem o meia-atacante do Bayern de Munique, o status de protagonista dos franceses passa para o centroavante Karim Benzema. Outras estrelas da companhia são o volante Blaise Matuidi e o meia Paul Pogba. Além disso, há atletas experientes como Patrice Evra, Hugo Lloris, entre outros.

A França, apesar de única campeã mundial, não é cabeça de chave, cabendo o status à Suíça, seleção que garantiu com mais tranquilidade a vaga na competição, ao liderar o grupo E das Eliminatórias europeias com sete pontos de vantagem para a Islândia.

O elenco jovem e multicultural dos suíços é comandado pelo experiente alemão Ottmar Hitzfeld, que está a frente da seleção do país desde 2008.

Conhecido pela força defensiva, a equipe da Suíça apresenta jovens talentos como Xherdan Shaqiri, Valentin Stocker e Granit Xhaka, capazes de praticar futebol atraente e levar a loucura os marcadores adversários.

Na última Copa, na África do Sul, a seleção vermelha caiu na primeira fase, ficando atrás de Espanha e Chile, mas deixou boa impressão ao vencer a seleção que se sagraria campeã mundial por 1 a 0.

Na estreia da Copa, a Suíça encarará o Equador, principal franco-atirador do grupo, que voltará a participar da competição após ficar fora em 2010. O grande sonho da seleção comandada por Reinaldo Rueda tentará repetir 2006, avançando às oitavas.

A força da seleção equatoriana está no setor de meio, formado por Antonio Valencia, Segundo Castillo, Christian Noboa e Jefferson Montero. Vigoroso fisicamente e veloz ofensivamente, o time deverá explorar os contra-ataques para surpreender.

Correndo por fora estão os hondurenhos, que nunca passaram da primeira fase. Com jogadores experientes como Maynor Figueroa, Emilio Izaguirre e Wilson Palacios, a equipe ficou a frente do México nas Eliminatórias da Concacaf, e sequer precisaram da repescagem.

Os resultados em amistosos recentes, no entanto, acenderam sinal de alerta para os centro-americanos. Em Washington, derrota para a Turquia por 2 a 0, e em Houston, queda diante de Israel por 4 a 2.

No dia 20 de junho, na Arena da Baixada, em Curitiba, quando equatorianos e hondurenhos se enfrentarem, haverá o reencontro de ex-técnicos. Reinaldo Rueda, que comanda a seleção sul-americana há quatro anos, treinou a rival azul e branca entre 2007 e 2010.

Já Luis Fernando Suárez, comandou os hondurenhos em duas oportunidades, em 1997, e entre 2004 e 2007. Em 2011, o técnico assumiu o comando da equipe nacional equatoriana.

EFE   
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