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Terra na Copa

Cerimônia tem xingamentos a Dilma e lembrança a operários mortos

12 jun 2014 - 16h48
(atualizado às 16h51)
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A cerimônia de abertura da Copa do Mundo não foi marcada apenas pela festa com música e coreografias. Em meio ao cronograma, o locutor do sistema de som do estádio em Itaquera agradeceu a todos os que trabalharam nas 12 arenas do torneio e fez uma referência aos operários que morreram nas obras.

"Nossos agradecimentos aos estrangeiros e brasileiros que construíram os estádios e nossos sentimentos aos que não estão mais conosco", declarou o locutor, seguido por um breve momento de silêncio. Depois disso, parte da torcida presente no estádio passou a xingar a presidente da República, Dilma Rousseff, que nem sequer havia sido citada.

No decorrer das obras para a Copa, três operários morreram apenas no estádio de abertura, além de acidentes em outras sedes. Os nomes das vítimas não foram mencionados na homenagem.

Já o coro ofensivo à presidente foi iniciado atrás de um dos gols e ganhou força em outros setores das arquibancadas. Os xingamentos duraram alguns segundos, até que a festa voltou a ser o grande destaque.Os torcedores foram recebidos desde o início do dia com as mensagens de boas vindas à Arena de São Paulo, que é o nome oficial utilizado pela Fifa para o torneio, apesar de o clube dono do estádio adotar Arena Corinthians, enquanto as placas de sinalização de trânsito apontam para Estádio Itaquera.

Independentemente do nome, os dois telões foram uma atração a mais para os torcedores, que vibraram quando as câmeras focalizaram o beijo de um casal. Mas todos comemoraram mais quando as imagens exibiram o ônibus da Seleção Brasileira em direção ao estádio, às 15h07 (de Brasília).

A festa seguiu até 16 horas, quando o tapete que protegeu o gramado foi retirado. A partir daí, a expectativa dos torcedores passou a ser apenas a partida entre Brasil e Croácia.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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