PUBLICIDADE
Logo do Seleção Brasileira

Seleção Brasileira

Favoritar Time

Chuveirinho e passe desastroso: os nºs da vitória do Brasil

Estatísticas mostram que Seleção exagerou nos levantamentos para a área, errou mais de 30% dos passes tentados e teve menos posse de bola que o adversário pela primeira vez na Copa

29 jun 2014 - 09h24
(atualizado às 09h36)
Compartilhar
Exibir comentários
Luiz Felipe Scolari terá que trabalhar para corrigir os erros do meio de campo de Seleção Brasileira
Luiz Felipe Scolari terá que trabalhar para corrigir os erros do meio de campo de Seleção Brasileira
Foto: Getty Images

Luiz Felipe Scolari mexeu na formação titular e escalou Fernandinho no lugar de Paulinho para a partida contra o Chile, neste sábado, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. A Seleção Brasileira se classificou para a próxima fase, no sufoco, mas o meio de campo verde e amarelo foi (novamente) um desastre. Os bons Charles Aránguiz, Arturo Vidal e Marcelo Díaz dominaram as ações do jogo e fizeram o Brasil amargar alguns de seus piores números no Mundial.

Quer acompanhar as notícias e jogos da sua seleção? Baixe nosso app. #TerraFutebol

As estatísticas da Fifa mostram que os comandados de Luiz Felipe Scolari erraram passes além da conta, exageraram nos cruzamentos para a área (os chamados “chuveirinhos”) e tiveram menos posse de bola que o adversário pela primeira vez no torneio disputado dentro da sua casa.

Em que se pese o desgaste provocado pelo calor e prorrogação, o Brasil teve, neste sábado, o seu pior desempenho passando a bola. Foram somente 68% de acerto nos toques. O número é o 11º pior dentre os 47 jogos já disputados no Mundial de 2014. Para se ter noção, o pior índice de passes da Copa, em média, é do Irã, com 64% - Equador e Argélia têm 68%. A razão do Brasil no torneio é de 74%, muito superior ao apresentado contra o Chile.

Nas outras três partidas que jogou nesta Copa, a Seleção Brasileira teve aproveitamento muito melhor que o deste sábado: foram 77% dos passes completados contra Croácia e Camarões, e 74% diante do México. Esta queda no índice de acerto dos toques de bola dialoga com outro número surpreendente: o Brasil fez 39 cruzamentos para a área chilena no jogo das oitavas de final.

Mesmo o jogo tendo tido 30 minutos a mais que os outros três (por causa da prorrogação), os “chuveirinhos” brasileiros foram excessivos. Contra a Croácia, os comandados de Luiz Felipe Scolari ergueram somente 20 bolas na área rival. Diante do México, 28, e, no jogo ante Camarões, apenas 13. Neste sábado, foi o triplo das bolas levantadas contra os africanos. Uma overdose.

O Brasil ainda teve menos posse de bola que os chilenos – pela primeira vez na Copa a Seleção não superou o adversário neste quesito -, perdeu incríveis 116 bolas e correu muito: 136.3 km – de longe a maior distância percorrida pela equipe nesta Copa do Mundo.

Compare os números da Seleção Brasileira:

- Brasil 3 x 1 Croácia Brasil 0 x 0 México Camarões 1 x 4 Brasil Brasil 1 (3) x (2) 1 Chile  *
Posse de bola 58% 54% 54% 49%
Passes completados/tentados 433/566 352/476 373/486 393/574
Índice de acerto de passes 77% 74% 77% 68%
Cruzamentos 20 28 13 39
Finalizações 14 14 18 23
Bolas perdidas 85 77 76 116
Faltas 5 13 19 28
Distância percorrida 102.1 km 97.3 km 101.6 km 136.3 km

*Jogo disputado em 120 minutos, por causa da prorrogação

Piores passes da Copa do Mundo
Rank Seleção Adversário Índice de acerto de passes
Irã Argentina 56%
Uruguai Inglaterra 58%
Grécia Japão 59%
Argélia Bélgica 61%
Irã Nigéria 62%
Holanda Chile 62%
Equador França 63%
Colômbia Japão 66%
EUA Gana 66%
10º Gana Portugal 67%
11º Brasil Chile 68%

Veja os gols em 3D da Copa Veja os gols em 3D da Copa

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade