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Terra na Copa

COL admite falhas em alimentação e idioma durante Copa

11 ago 2014 - 18h10
(atualizado às 23h13)
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<p>Copa trouxe invasão de turistas ao Brasil</p>
Copa trouxe invasão de turistas ao Brasil
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Foram mais de 3,4 milhões de ingressos vendidos, uma aprovação de 83% de quem foi ao estádio e mais 1 milhão de estrangeiros pelas ruas do Brasil nos 31 dias de Copa do Mundo 2014. O que poderia ter sido melhor? O presidente do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, responde: "talvez na alimentação pudéssemos ter feito melhor", avaliou. Trade pôs a culpa de certa forma na demora de alguns estádios para ficarem prontos. "Em alguns era preciso alguns ajustes, mas o gás não chegava, a energia elétrica não era suficiente", disse.

Outro problema que Trade afirma ter sido grande foi o idioma. "Não somos como a África do Sul, onde quase todo mundo fala inglês. Esse foi outro problema", contou. Apesar disso, as pesquisas do Ministério do Turismo apontam que 92% dos estrangeiros que foram ao País pretendem voltar. Os dados do governo federal indicam que mais de R$ 30 bilhões foram injetados na economia do Brasil no período.

Trade negou que a segurança tenha subestimado a vinda de sul-americanos, mesmo depois de ter enfrentado problemas de invasão com argentinos e chilenos nos dois primeiros jogos no Maracanã. "Sabíamos que seria assim. Não fomos 100%, mas conseguimos muitas coisas boas".

O executivo afirmou ainda que para ele o melhor foi dar ao espectador o que ele chamou de uma nova experiência na ida aos estádios. "Com transporte público, lugares marcados. Queríamos encantar as pessoas", explicou, afirmando que o importante era mudar o padrão do nível de serviço oferecido ao torcedor em um jogo de futebol.

Pelas contas do COL, os gramados Padrão Fifa já mostram legado. Apenas um dos 16 jogos disputados após o Mundial e que terminou 0 a 0 foi em uma Arena da Copa. "A média de gols nas arenas é de 2,65, contra 2,67 da Copa e 1,94 dos estádios que não receberam um jogo", contou o gerente do COL, Frederico Nantes.

O COL agora começa o processo de desmontagem, que vai até dezembro. Até lá dispensa os mais de 1.100 funcionários (vários devem ser aproveitados no Rio 2016), reuniões de avaliação e passagem de experiência para Rússia, Catar e Jogos Olímpicos do Rio. Equipamentos, como da tecnologia da linha de gol, vão ficar no Brasil, mas caberá à CBF e aos clubes dar a melhor destinação para eles.

Dos estádios, há vários já sendo utilizados, mas Trade afirmou que arenas destinadas ao ostracismo e que podem virar elefante branco como Cuiabá, Brasília e Manaus, já têm planos de utilização. Pelo menos até o fim deste ano. Depois, é esperar que o voto do brasileiro caia na urna e que os políticos decidam o que vão fazer com elas.  

Fonte: Terra
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