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Terra na Copa

Colômbia conquista título do "Futebol de Rua" no Brasil

12 jul 2014 - 21h35
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A seleção comandada por José Pekerman não conseguiu o título da Copa do Mundo, mas no "Futebol de Rua", torneio paralelo disputado em São Paulo, no qual o mais importante não é marcar gols, a Colômbia venceu Israel e conquistou a competição.

Essa é a terceira edição do mundial do "Futebol de Rua". Nesse ano, o torneio foi disputado por 300 jovens beneficiados por projetos sociais, em 20 países diferentes. As equipes devem ter homens e mulheres para incentivar as discussões de gênero entre as delegações.

"Temos coragem e futebol bonito. Por isso, formamos uma seleção em Barranquilla para representar a Colômbia. As coisas saíram bem e fomos campeões em um jogo muito difícil", disse à Agência Efe, Anderson D'Ávila, jogador de 18 anos, destaque da equipe da Colômbia.

Com o lema de "Outro futebol é possível", cunhado pelo Fórum Mundial Social, as 21 seleções, formadas por jovens com idade entre 16 e 21 anos, se enfrentaram em quadras de cimento, sob as normas do "Futebol de Rua".

Os jogos são definidos por pontos obtidos em função de valores apresentados durante as partidas e não por gols. Ao contrário do tradicional, o "Futebol de Rua" tem três tempos. No primeiro, as duas equipes definem as regras. No segundo, elas se enfrentam tentando conquistar pontos. No terceiro, as equipes se reúnem com assistentes sociais para discutir quem fez as jogadas mais limpas e respeitosas.

"As pessoas perguntam quem é o artilheiro e quem vence o jogo. Mas a verdade é que o vencedor é quem acumula mais pontos, que são dados em função de princípios como solidariedade, respeito, cooperação e participação", explicou à Efe, Juliene Cintra, assessora de comunicação do Futebol de Rua.

Além da disputa esportiva, o evento prevê debates sociais entre jovens carentes para integrar as diferentes culturas e incentivar a prática do "esporte com respeito".

As delegações se hospedaram em complexos educacionais na periferia de São Paulo para conhecer a realidade brasileira. Eles também participaram de atividades culturais, incluindo uma festa com samba oferecida pelos brasileiros aos visitantes.

Para o ex-jogador argentino Fabian Ferraro, um dos idealizadores do torneio, esta prática procura gerar a transformação e impulsionar o desenvolvimento de líderes em regiões carentes.

"O Mundial de Futebol de Rua promove a integração social das diversas culturas, religiões e idiomas, entre jovens da periferia que vivem em situações difíceis, em locais onde geralmente há violência. Estes jovens compartilham experiências e retornam transformados às suas comunidades. Muitas vezes, eles assumem o papel de líderes", explica Ferraro.

O campeonato é organizado pela organização argentina Fundação Futebol e Desenvolvimento, pelo Movimento de Futebol de Rua e pela ONG Ação Educativa. Ele é disputado nas mesmas sedes da Copa do Mundo da FIFA.

EFE   
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