PUBLICIDADE

Terra na Copa

Com gol Messi, Argentina derrota estreante Bósnia no Maracanã

15 jun 2014 - 22h16
(atualizado às 22h17)
Compartilhar

Craque argentino passa maior parte do jogo sumido, mas marca golaço que garante vitória suada contra a Bósnia. Estreantes saem atrás com gol contra, mas comemoram com Ibisevic o primeiro gol em Copas.

Em partida histórica e repleta de recordes, a Argentina fez o suficiente para derrotar a estreante em Copas, Bósnia, por 2 a 1, neste domingo (15/06), no Estádio do Maracanã. O gol contra logo no início do jogo indicava uma goleada argentina, mas a Bósnia fez jogo parelho, sofreu com um lance genial de Lionel Messi, mas pode comemorar o seu primeiro gol em Mundiais.

A partida por si só já era memorável, pois marcou o encontro inédito de dois gigantes do futebol: Lionel Messi, considerado por muitos o melhor jogador do século XXI, pisou pela primeira vez no majestoso Estádio do Maracanã. Outra estreia foi o hino nacional do jovem país Bósnia-Herzegóvina, tocado pela primeira vez em uma partida de Copa do Mundo.

E a alegria, misturado com orgulho patriótico, também poderia ser interpretada como inexperiência e nervosismo. Logo no segundo minuto de partida, os bósnios ficaram atrás do placar. Assim como o arquirrival Brasil, o primeiro gol da Argentina foi contra. A diferença para o gol de Marcelo, é que os hermanos se beneficiaram do infortúnio. Messi levantou na área e o zagueiro do Schalke o4, Kolasinac, atrapalhado por um desvio, toca para a própria meta. Êxtase em um Maracanã quase todo albiceleste. Somando o brasileiro Marcelo e o goleiro hondurenho Valladares, este já é o terceiro gol contra no torneio.

Depois do susto, a Bósnia equilibrou a partida e mostrou que tem peças talentosas na equipe. Em certo momento da partida, toda a vez que Dzeko, Pjanic, Misimovic e Cia. tocavam na bola, a torcida brasileira presente no estádio ensaiava um grito de "olé". Por duas vezes, uma com Dzeko e outra com Hajrovic, os bósnios apareceram cara a cara com o goleiro Romero, mas foram flagrados em impedimento.

O primeiro tempo terminou bastante equilibrado. Javier Mascherano teve uma boa chance, mas seu chute rasteiro de fora da área foi defendido por Begovic. E o volante Senad Lulic, já aos 40 minutos, aproveitou cruzamento da direita e cabeceou para defesa muito difícil do arqueiro argentino. Fora estes lances, os pontos altos no Maracanã aconteciam nas arquibancadas. Brasileiros e argentinos tentavam cantar mais alto que seus rivais.

Na segunda etapa, a Bósnia dominou as ações em campo, trocou muitos passes, cruzou algumas bolas na área e arriscou com chutes de longe, mas, assim como a Argentina, oferecia pouco perigo. Até os 15 minutos do segundo tempo, a Bósnia inclusive liderava as estatísticas de chute ao gol: 9 contra 6.

A partida ia se desenvolvendo em um confronto sonolento, até que aos 19 minutos, finalmente, apareceu Lionel Messi. O craque argentino, até então bastante apagado em campo, precisou de um suspiro de genialidade para levantar novamente o Maracanã. Messi arrancou do meio-campo, tabelou com Sergio Agüero, recebeu a bola de volta na entrada da área, fez fila na defesa bósnia e finalizou no canto direito do goleiro Begovic. A bola ainda tocou na trave, antes de morrer no fundo do gol.

Os gritos de "Neymar, Neymar", que entoavam no Maracanã nesta fase da partida, foram rapidamente silenciados com o gol de Messi. Este foi apenas o segundo gol do argentino em Copas: 2006 havia sido a única vez, já que passou em branco na África do Sul. Um feito presenciado por 74.738 presentes, no que é até agora o maior público da Copa do Mundo.

Nos seguintes 20 minutos, o gol da Argentina aniquilou o ímpeto bósnio. A torcida acordou, o time também e controlava a partida. Até que, aos 39 minutos, Vedad Ibisevic, atacante do Stuttgart, recebeu belo passe de Lulic, invadiu a área argentina e tocou entre as pernas do goleiro Romero para marcar o primeiro gol da história da Bósnia em Mundiais. Messi ainda teve a chance de anotar o terceiro gol argentino, mas acertou a rede pelo lado de fora.

A Argentina não mostrou um futebol convincente, mas somou três pontos importantes para buscar a classificação no Grupo F. Já a Bósnia pode sair com o alento de que é bem possível alcançar as oitavas de final na concorrência com Nigéria e Irã, que se enfrentam nesta segunda-feira, em Curitiba. No próximo sábado (21/06), os confrontos pela segunda rodada do grupo são Argentina contra o Irã e a Bósnia frente a Nigéria.

Ficha técnica:

Argentina 2 x 1 Bósnia-Hezergóvina

Local: Estádio do Maracanã, Rio De Janeiro

Arbitragem: Joel Aguilar (El Salvador) auxiliado pelos seus compatriotas William Torres e Juan Zumba.

Gols: Sead Kolašinac (g.c. 02'/1T), Lionel Messi (19'/2T), Vedad Ibišević (39'/2T)

Cartões amarelos: Marcos Rojo (24'/1T), Emir Spahic (17/2T)

Argentina: Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Hugo Campagnaro (Fernando Gago 01'/2T), Federico Fernández, Marcos Rojo; Javier Mascherano, Ezequiel Garay, Maxi Rodríguez (Gonzalo Higuaín 01'/2T); Ángel Di María, Lionel Messi e Sergio Agüero (Lucas Biglia 42'/2T). Técnico: Alejandro Sabella.

Bósnia-Herzegóvina: Asmir Begović; Emir Spahić, Mensur Mujdža (Vedad Ibišević 23'/2T), Ermin Bičakčić, Sead Kolašinac; Muhamed Bešić, Miralem Pjanić, Senad Lulić , Izet Hajrović (Edin Višća 25'/2T), Zvjezdan Misimović (Haris Medunjanin 28'/2T); Dzeko. Técnico: Safet Sušić

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Compartilhar
Publicidade