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Terra na Copa

Copa: jornal alerta para risco de manipulação de resultados

31 mai 2014 - 14h41
(atualizado em 2/6/2014 às 07h24)
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Chefe de segurança da Fifa, Ralf Mutschke afirmou já ter identificado contatos de empresas de manipulação com jogadores e árbitros
Chefe de segurança da Fifa, Ralf Mutschke afirmou já ter identificado contatos de empresas de manipulação com jogadores e árbitros
Foto: Getty Images

Às vésperas da Copa do Mundo do Brasil, o jornal The New York Times atenta os seus leitores para um tema que pode (literalmente) mexer com os rumos do torneio dentro de campo. Neste sábado, o diário americano expõe uma série de documentos investigativos obtidos junto à Fifa que denunciam a manipulação dos resultados de pelo menos cinco amistosos preparatórios ao Mundial de 2010, na África do Sul. No fim, a publicação cita a vulnerabilidade das federações nacionais para mostrar que a competição a ser iniciada em 12 de junho corre riscos de sofrer com este tipo de problema.

De acordo com The New York Times, ao menos cinco partidas amistosas têm “evidências convincentes” de que foram manipuladas antes da Copa do Mundo de 2010. A principal delas aconteceu no dia 31 de maio daquele ano: África do Sul 5 x 0 Guatemala. O árbitro do confronto, Ibrahim Chaibou, de Níger, teria recebido U$ 100 mil (R$ 220 mil) da empresa Football4U, envolvida com casas de apostas na Ásia, para manipular o resultado do duelo.

Na ocasião, Chaibou anotou três pênaltis por toque de mão na bola, e os anfitriões do último Mundial golearam sem nenhuma dificuldade. Especula-se ainda que o confronto contra a Colômbia, que também terminou com triunfo sul-africano, desta vez por 2 a 1, tenha sido adulterado. Todos os tentos do confronto foram anotados em penalidades máximas. Os jogadores da África do Sul, porém, não teriam nenhum envolvimento com o caso – o amistoso Estados Unidos 3 x 1 Austrália também é apontado como provável alvo de manipulação.

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O diário resgata estes casos para alertar que a Copa do Mundo no Brasil pode, sim, ter resultados manipulados. De acordo com a reportagem, “muitas federações nacionais são tão vulneráveis à viciação de resultados como as da África do Sul eram. Elas são financeiramente instáveis, amargam uma desordem administrativa e se tornam politicamente divididas”.

Segundo o chefe de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, o alto risco se dá pelo volume de apostas que os jogos do Mundial movimentam. À BBC, ele inclusive admitiu que árbitros e jogadores já foram contatados por pessoas interessadas em manipular resultados. “Não estamos esperando que as pessoas que manipulam viajem para o Brasil e batam na porta dos jogadores ou dos juízes, mas sabemos que alguns foram procurados”, relatou. 

Fonte: Terra
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