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Craques e torcedores

Amigo da base lembra do sufoco para segurar Daniel Alves

Weberson Oliveira jogou com o lateral nas categorias de base do Bahia e ressalta a rapidez e a habilidade do antigo colega

15 jun 2014 - 09h00
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Após jogar com Daniel Alves nas categorias de base do Bahia, Weberson teve de abandonar o futebol por conta de problemas no coração
Após jogar com Daniel Alves nas categorias de base do Bahia, Weberson teve de abandonar o futebol por conta de problemas no coração
Foto: Arquivo Pessoal

Os brasileiros já se acostumaram a ver as arrancadas de Daniel Alves com as camisas da seleção e do Barcelona. Porém, o que é motivo de alegria para o torcedor, gera muita dor de cabeça do outro lado do campo. E a maior prova disso é que, passados mais de 14 anos, um dos primeiros marcadores do craque ainda não se esqueceu do sufoco que passava nos treinos das categorias de base do Bahia.

“Desde aquela época ele já se destacava por ser muito habilidoso, rápido e por bater bem na bola. Eu era lateral esquerdo e sofria bastante, pois ele atacava pelo meu setor. Assisto os jogos dele e posso ver que o Daniel tem um pulmão absurdo até hoje, me dava muita canseira”, confessa Weberson Oliveira, que hoje é responsável pela preparação da logística para os treinos da divisão de base do clube baiano.

Os dois se conheceram no ano 2000, quando Weberson passou no teste para jogar pelo time de Salvador. Daniel Alves já estava no clube havia dois anos, e em pouco tempo seu talento o levou para o time principal e, posteriormente, para o Sevilla, da Espanha. Porém, nos meses em que passaram juntos, Weberson colecionou boas lembranças.

“A gente morava em um pavilhão com 20 beliches, e ele era muito brincalhão. Lembro que estava passando na TV uma novela em que a Carolina Dieckmann fazia uma personagem chamada Camila, que teve de cortar o cabelo. Um dia eu apareci de cabeça raspada no treino e ele me chamou de Camilinha. O apelido pegou na hora”, diz.

Em uma outra história, Weberson teve papel fundamental para que o lateral direito brasileiro mostrasse seu futebol para os técnicos do time principal. “Eu tinha uma chuteira que era muito boa, mais confortável. Um dia o Daniel Alves tinha um jogo importante da base, contra o Vitória, e pediu que eu a emprestasse, pois calçávamos o mesmo número. Ele jogou bem, mas estou esperando até hoje a chuteira de volta”, brinca.

Superação

Pouco tempo depois do craque da seleção subir para o time principal, Weberson recebeu uma dura notícia. Após realizar uma série de exames para a renovação de contrato, ficou constatado que ele tinha problemas cardíacos e teria de abandonar os gramados. No entanto, ele continuou ligado ao futebol, pois o Bahia ofereceu um emprego no qual ele segue até hoje.

“Eu aceitei bem a notícia. Tive cinco meses entre a descoberta do problema e a decisão do médico, e pude me preparar. Hoje, me sinto realizado vendo o sucesso do Daniel Alves. Sou muito orgulhoso por ter jogado ao lado dele e espero que ele ajude o Brasil a ganhar essa Copa do Mundo”, finaliza.

Fonte: PrimaPagina
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