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Terra na Copa

Depois do drama de Falcao, Colômbia luta para não sofrer também no grupo C

10 jun 2014 - 18h41
(atualizado às 18h45)
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A Colômbia voltará a disputar uma Copa do Mundo neste ano e, ainda por cima, ganhou o inédito status de cabeça de chave - lidera o grupo C, que ainda tem Grécia, Costa do Marfim e Japão -, mas sofreu um duro golpe com a perda de seu principal jogador, Radamel Falcao, e pode se ver em uma batalha mais complicada que do o esperado por uma vaga nas oitavas.

'Los Cafeteros' fizeram grande campanha nas Eliminatórias, vencendo nove dos 16 jogos disputados no torneio. A ruptura no ligamento cruzado do joelho direito sofrida em janeiro pelo atacante Falcao García, no entanto, virou um drama, que teve desfecho duas semanas antes da Copa, com o corte anunciado pelo técnico argentino José Pekerman.

A condição de principal jogador da seleção colombiana passa a ser, então, do meia James Rodríguez, companheiro de Falcao no Monaco. O volante Freddy Guarín, o meia-atacante Juan Cuadrado e o atacante Teo Gutiérrez também estão no grupo dos homens de confiança do comandante da equipe.

Técnico da seleção argentina sub-20 por vários anos, tendo conquistado três títulos mundiais, e também da principal, com a qual disputou a Copa do Mundo de 2006 e chegou às quartas de final, Pekerman já virou ídolo na Colômbia pelos bons resultados recentes.

Com o comandante, que assumiu a seleção 'cafetera' na quinta rodada das Eliminatórias, substituindo Leonel Álvarez - que havia marcado sete pontos em cinco jogos -, o grupo ganhou segurança e disciplina, que foram revertidas em bons resultados.

Sinônimo de futebol alegre e ofensivo, a Colômbia chega apenas a sua quinta Copa do Mundo (participou em 1962, 1990, 1994 e 1998). O melhor resultado ocorreu na Itália, 24 anos atrás, com a classificação para as oitavas de final. Nos Estados Unidos, o elenco não soube conviver com a condição de uma das favoritas e caiu na primeira fase.

Os colombianos estrearão na competição em 14 de junho, enfrentando a Grécia no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. A seleção europeia terá no Brasil um elenco mesclado de veteranos e jovens, que precisou superar a repescagem para se garantir no torneio.

Meros figurantes no futebol mundial durante décadas, os gregos mudaram de status a partir de 2001, sob o comando do alemão Otto Rehhagel. Com uma Copa apenas no currículo, em 1994, a seleção conquistou a Eurocopa de 2004, derrotando o anfitrião Portugal.

Agora, o objetivo é avançar pela primeira vez às oitavas de final do principal torneio de seleções do futebol mundial. Quatro anos atrás, na África do Sul, os gregos venceram apenas um dos três jogos disputados, contra a Nigéria, e ficaram na terceira colocação do grupo B.

O desempenho fez Renhagel pedir demissão. O escolhido para substituí-lo foi o português Fernando Santos, que já tinha experiência no país, por ter comandado Panathinaikos, AEK Atenas e PAOK Salônica.

O grande nome do elenco grego que disputará a Copa do Mundo deveria ser o centroavante Kostas Mitroglou, um dos destaques da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, pelo Olympiacos. O jogador, no entanto, não teve sorte ao se transferir para o Fulham, onde não repetiu o sucesso da primeira metade da temporada, e chegou a virar dúvida na convocação, devido aos poucos minutos jogados.

Do título da Eurocopa, em 2004, restam no elenco os meias Kostas Katsouranis, de 34 anos, e Georgios Karagounis, de 37, candidatos fortes a estarem em campo na estreia da Copa do Mundo. Por outro lado, Fernando Santos convocou os "garotos" Kostas Manolas, de 22 anos, Giannis Fetfatzidis e Panagiotis Tachtsidis, ambos de 23, e o goleiro reserva Stefanos Kapino, de 20.

A seleção japonesa, uma das sete que disputaram a Copa das Confederações no ano passado e estarão na Copa do Mundo - só o Taiti não conseguiu retornar ao Brasil -, vai em busca de um destino diferente, já que voltou para casa em 2013 com três derrotas, para os donos da casa, Itália e México.

Os Samurais Azuis, no entanto, não apresentarão grandes novidades, afinal, apenas oito jogadores convocados para o Mundial não disputaram a competição que envolve os campeões continentais. Com relação ao time que enfrentou e perdeu para o Brasil por 3 a 0, todos os 11 titulares estão de volta.

O grande objetivo dos asiáticos é conseguir repetir o desempenho da última Copa, quando avançaram às oitavas de final, após vitórias sobre Camarões por 1 a 0, e Dinamarca por 3 a 1. A eliminação só veio nos pênaltis, diante do Paraguai, resultado que impediu o Japão de estar entre as oito melhores seleções do mundo.

A equipe comandada pelo italiano Alberto Zaccheroni terá como alicerces o talento dos meias Keisuke Honda e Shinji Kagawa. A grande novidade deverá ser a escalação de Yoichiro Kakitani, que não estave na Copa das Confederações, no ataque, ao lado de Shinji Okazaki.

Quarta integrante do grupo C, Costa do Marfim conta com os talentosos Didier Drogba e Yaya Touré para passar pela primeira vez da fase de grupos, em seu terceiro mundial. Em 2006 e 2010, a seleção africana encarou gigantes do futebol mundial e não resistiu.

Em 2006, teve Argentina e Holanda pelo caminho, perdendo para ambas. A inédita vitória veio sobre Sérvia e Montenegro por 3 a 2, na última rodada. Quatro anos depois foi a vez de encarar Brasil e Portugal. Na estreia, os marfinenses seguraram Cristiano Ronaldo e companhia, mas depois caíram diante dos pentacampeões. A vitória sobre a Coreia do Norte por 3 a 0 não adiantou para garantir uma vaga.

Além dos principais craques do elenco, os marfinenses depositam grande confiança no trabalho do técnico francês Sabri Lamouchi, que assumiu a função em maio de 2012 e só perdeu três vezes nas 20 partidas em que comandou os Elefantes, como a seleção africana é conhecida.

EFE   
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