"É muito difícil conseguir outro Maracanazo", diz uruguaio
As possibilidades de a seleção uruguaia repetir a façanha de 1950 e conseguir um novo "Maracanazo" na Copa do Mundo diante do Brasil são muito escassas, disse o técnico uruguaio, Oscar Tabárez, observando que as realidades das duas equipes são totalmente opostas às que viviam naquele momento.
Desde que o Uruguai se classificou para o Mundial, que será disputado entre 12 de junho e 13 de julho, o mundo do futebol especula sobre a possibilidade de que a final de 1950, quando a seleção celeste ficou com o título depois de derrotar o Brasil por 2 a 1 no Rio de Janeiro, se repita nesta Copa.
"O que houve no Maracanã é intocável, não há revanche possível, não há nada que o Brasil possa fazer para reduzir a dimensão do que foi o Maracanã para os uruguaios. Isso está fora de discussão", disse Tabárez à rádio local Océano FM.
"Mas também (se deve) esclarecer que foi em outra época, em outra realidade, não só do futebol mas do mundo, na qual o Uruguai desempenhava um papel sobre as nações, do ponto de vista internacional, que agora não desempenha", acrescentou.
Há quase 64 anos, o gol de Alcides Ghiggia deu a vitória ao Uruguai e silenciou os 174 mil espectadores presentes no estádio. Tabárez destacou a preparação e a confiança do Uruguai, mas lembrou que o Brasil é uma "potência" em termos futebolísticos.
"Sabemos bem disso", disse Tabárez sobre as probabilidades escassas de que o feito se repita.
"Do ponto de vista do povo, do torcedor, existe toda a expectativa, porque agora, antes da Copa, é preciso dar lugar ao espírito positivo, aproveitá-lo e ir com alegria, mas sabemos bem disso", afirmou.
O Uruguai estará no Grupo D e enfrentará Costa Rica, Itália e Inglaterra.