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Eliminatórias 2014

Deputados retiram projeto para dar nacionalidade chilena a Bielsa

14 out 2009 - 20h48
(atualizado às 22h11)
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Um grupo de deputados chilenos retirou o projeto que propunha conceder a nacionalidade do país ao treinador argentino Marcelo Bielsa "por gratidão" ao que fez à frente do comando do Chile, classificando-o para a Copa.

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Eles afirmaram que esperarão um melhor momento para promover a iniciativa. A cidadania chilena "por gratidão" é concedida a estrangeiros que tenham contribuído para engrandecer o país em diversas áreas, sem que para isso precisem renunciar à nacionalidade de origem.

A iniciativa partiu de deputados ligados a partidos políticos que apoiam o governo da presidente Michelle Bachelet, e gerou reações diversas no país.

Os parlamentares, no entanto, não são os primeiros a homenagear o técnico. Um grupo de torcedores, por exemplo, lançou campanha na internet pedindo a canonização de Bielsa (www.prendeleunavela.cl).

O Chile assegurou vaga na Copa no último sábado, ao ganhar da Colômbia por 4 a 2 em Medellín. A seleção, que venceu o Equador em Santiago, nesta quarta-feira, por 1 a 0, fez a melhor campanha em toda a história das Eliminatórias.

Para o deputado social-democrata Jorge Tarud, que se mostrou favorável à proposta, antes do projeto ser debatido na Câmara dos Deputados do Chile, é preciso saber se Bielsa tem interesse em obter a cidadania.

"Bielsa ganhou o carinho e o coração de todos os chilenos. Ele nos deu uma enorme alegria, assim como os jogadores, mas ele deveria ser perguntado primeiro se deseja ou não ser cidadão chileno", disse.

Já o opositor Juan Lobos classificou a ideia como "ridícula", e disse que se trata de uma estratégia "demagógica e populista" já que faltam dois meses para as eleições parlamentares e presidenciais.

"É por exemplos como esse que os jovens de hoje não querem entrar no mundo da política. Vamos canonizá-lo e dar a cidadania (a Bielsa) porque ganhou umas partidas e classificou o Chile para a Copa? Isso é totalmente ridículo", afirmou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Álvarez, foi outro a lamentar a proposta: "Sem querer polemizar, acho que às vezes os parlamentares se deixam levar por seus impulsos e não medem adequadamente o impacto de suas ações", disse.

EFE   
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