Para manter "escola brasileira", Parreira aceitaria África do Sul
O técnico Carlos Alberto Parreira, desempregado desde que deixou o Fluminense, poderá retornar às atividades em pouco tempo. Nesta segunda-feira, o tetracampeão mundial confirmou que conversaria novamente para comandar a África do Sul na Copa do Mundo de 2010. Durante esta tarde, horário de Brasília, os Bafana Bafana demitiram o folclórico Joel Santana.
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Parreira acabou sendo o principal responsável pela contratação de Joel Santana em 2008. O treinador indicou o colega após deixar o cargo, alegando problemas familiares. Entretanto, o ex-comandante do Fluminense abriu as possibilidades de retorno.
"Há um indício de que querem manter a escola brasileira. Eu estaria propenso a analisar se por acaso isso acontecer", resumiu Parreira, em entrevista ao Globo News. Apesar de demonstrar vontade de comandar a África do Sul novamente, o treinador descartou ter recebido alguma oferta oriunda da seleção local.
O treinador assumiu o país depois de deixar a Seleção Brasileira em 2006, quando fracassou na Copa do Mundo. Experiente por já ter trabalhado com a maioria dos atletas deste elenco sul-africano, Parreira ressaltou que o maior desafio será "psicológico" e não "técnico".
"O técnico que assumir terá que quebrar essa barreira. A auto-estima deve estar lá embaixo, são oito derrotas", analisou Parreira, apesar de elogiar o trabalho de Joel Santana. "Temos que enfatizar o trabalho da Copa das Confederações. O país esteve ao lado deles, a torcida foi o 12º jogador. O torcedor apoiando inflamou o time", comentou.
Caso assuma a África do Sul, Parreira terá a oportunidade de comandar o quinto país, em seis Copas do Mundo diferentes. A estreia do treinador em 1982 foi no comando do Kuwait, oito anos mais tarde, o carioca dirigiu os Emirados Árabes Unidos. A maior consagração da carreira aconteceu em 1994, quando conquistou o tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira, nos Estados Unidos.
Em 1998, Parreira comandou a Arábia Saudita no Mundial da França, enquanto em 2006, o técnico não foi bem no comando do Brasil e caiu nas quartas de final na Copa da Alemanha.