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Felipão

Em Brasil campeão da Copa, time titular corre perigo

Apenas em 1970 time que estreou na Copa foi o mesmo que disputou a final e levantou título; equipes campeãs historicamente costumam ser achadas ao longo da competição

8 jun 2014 - 11h35
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<p>Time campeão da Copa das Confederações deve estrear contra a Croácia, mas não tem garantia que terminará o Mundial com a mesma formação </p>
Time campeão da Copa das Confederações deve estrear contra a Croácia, mas não tem garantia que terminará o Mundial com a mesma formação
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

A preocupação do técnico Luiz Felipe Scolari em valorizar os reservas da Seleção e dizer que conta com todos é justificada pelo histórico das campanhas vitoriosas do País em Copas do Mundo. Nas cinco vezes que levantou o caneco, o time que estreou só resistiu até a escalação final em 1970.

Após os amistosos contra Panamá e Sérvia, Felipão se irritou com uma pergunta sobre a possibilidade de trocar Oscar por Willian e praticamente confirmou que vai escalar contra a Croácia, no dia 12 de junho, o mesmo time que conquistou a Copa das Confederações. Mas nada garante que esta equipe será mantida, nem mesmo para a segunda partida da Copa do Mundo.

A Seleção já vai estrear com a pressão externa por uma mudança no meio-de-campo. Por mais que blinde Oscar, Felipão deu indicações que não fechará os olhos para os desempenhos em treinos e mexerá no time se preciso. Fora isso sempre há possibilidade de lesões.

<p>Felipão usou todo o grupo até o título de 2002</p>
Felipão usou todo o grupo até o título de 2002
Foto: AFP

Na campanha do título de 2002, Felipão promoveu uma mudança no time-base. Juninho estreou contra a Turquia, mas perdeu a vaga para Kleberson nas quartas de final contra a Inglaterra e não apareceu na foto do time titular pentacampeão. Além de motivos técnicos, Felipão tentou com o volante dar mais poder de marcação ao Brasil no meio-campo depois de um jogo irregular contra a Bélgica nas oitavas. A opção funcionou, e os brasileiros levaram poucos sustos contra Turquia e Alemanha.

Raí viveu situação parecida com a de Juninho no tetracampeonato. Acabou sacado por Carlos Alberto Parreira após uma primeira fase irregular, e Mazinho completou o meio-campo ao lado de Zinho, Mauro Silva e Dunga até a decisão contra a Itália. Leonardo, suspenso após cotovelada nas oitavas de final, também viu Branco terminar em seu lugar como titular da lateral esquerda.

<p>Seleção Brasileira na estreia em 1994; Raí perdeu a vaga de titular</p>
Seleção Brasileira na estreia em 1994; Raí perdeu a vaga de titular
Foto: AFP

Até mesma a escalação clássica do tricampeonato não durou a Copa de 1970 inteira. Paulo César Caju jogou como titular por duas vezes, e Zagallo fez mais mudanças. O time que todos os brasileiros têm na ponta da língua estreou contra a Tchecoslováquia e jogou a semifinal e decisão.

Quem mais se aproximou de manter durante todo o torneio sua ideia original de time foi Aymoré Moreira, em 1962. Sua única mudança no time-base teve a lesão de Pelé como motivo. Amarildo entrou no terceiro jogo da Copa e foi um substituto à altura do Rei e co-protagonista da campanha que eternizou Garrincha.

Quatro anos antes, o Brasil chegou ao seu primeiro título após uma série de mudanças promovidas por Feola ao longo da campanha. Pelé e Garrincha só estrearam no terceiro jogo e, ao lado de Djalma Santos, Zito e Vavá, faziam parte do grupo de cinco jogadores que decidiram o título sem ter jogado a estreia.

<p>Seleção Brasileira em 1962 perdeu apenas Pelé até a final</p>
Seleção Brasileira em 1962 perdeu apenas Pelé até a final
Foto: AFP

Em 2014, caso o Brasil consiga o hexacampeonato, existem outros candidatos além de Willian para manter esta tradição. Ramires é bastante elogiado por Felipão por sua polivalência e Maicon é opção para uma defesa mais segura do lado direito. Fora imprevistos que podem colocar o mais inesperado dos reservas em ação.

Times-base de Copas em que o Brasil foi campeão

1958

1º jogo – Brasil x Áustria

Gylmar; De Sordi, Bellini, Orlando Peçanha e Nílton Santos; Dino Sani, Didi, Joel e Mazzola; Dida e Zagallo

Final – Brasil x Suécia

Gylmar; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha e Vavá; Pelé e Zagallo

1962

1º jogo – Brasil x México

Gylmar; Djalma Santos, Mauro Ramos, Zózimo e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha e Vavá; Pelé e Zagallo

Final - Brasil x Checoslováquia

Gylmar; Djalma Santos, Mauro Ramos, Zózimo e Nílton Santos; Zito, Didi, Garrincha e Vavá; Amarildo e Zagallo.

1970

1º jogo- Brasil x Checoslováquia

Félix; Carlos Alberto Torres, Piazza, Britto e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Rivellino, Pelé, Jairzinho e Tostão.

Final – Brasil x Itália

Félix; Carlos Alberto Torres, Piazza, Britto e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Rivellino, Pelé, Jairzinho e Tostão.

1994

1º jogo – Brasil x Rússia

Taffarel, Jorginho, Ricardo Rocha, Márcio Santos e Leonardo; Mauro Silva, Dunga, Raí e Zinho; Bebeto e Romário

Final – Brasil x Itália

Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho; Bebeto e Romário

2002

1º jogo - Brasil x Turquia

Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Juninho Paulista, Ronaldinho e Roberto Carlos; Ronaldo e Rivaldo

Final – Brasil x Alemanha

Marcos; Lúcio, Edmílson e Roque Júnior; Cafu, Gilberto Silva, Kleberson, Ronaldinho e Roberto Carlos; Ronaldo e Rivaldo

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Fonte: Terra
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