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Terra na Copa

Espanha faz jogo de "vida ou morte" contra Chile no Maracanã

17 jun 2014 - 13h29
(atualizado às 13h45)
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Humilhada na primeira rodada do grupo B da Copa do Mundo, a campeã Espanha tentará se reabilitar nesta quarta-feira no duelo com o Chile, que acontecerá no Maracanã, em jogo crucial para as duas seleções 'rojas' na competição.

Os comandados por Vicente del Bosque foram derrotados pela Holanda por 5 a 1, em Salvador, enquanto os sul-americanos bateram na estréia a Austrália por 3 a 1, em Cuiabá, no complemento da rodada do grupo.

Com isso, novo placar resultado positivo dos chilenos, vale classificação desde que os holandeses superem os australianos. Essa combinação, aliás, decretará a quarta eliminação de um campeão mundial numa fase de grupos.

O primeiro "vexame" aconteceu justamente no Brasil, em 1950, quando a Itália ficou atrás da Suécia e não avançou para o quadrangular final. Em 1966 foi a vez do Brasil ser eliminado ao ser terceiro lugar do grupo C, atrás de Portugal e Hungria.

A eliminação seguinte aconteceu 36 anos depois, quando a França foi a primeira campeã a sair sem vencer, ao perder para Senegal e Dinamarca, e empatar com o Uruguai. Na última Copa, em 2010, a Itália repetiu o "feito", ao ficar na igualdade com Paraguai e Nova Zelândia, e perder para a Eslováquia.

Como precisa de gols para recuperar o saldo de gols negativo, devido aos cinco gols sofridos na estréia, a seleção espanhola deverá ter um pacotão de mudanças, com Gérard Piqué, Xavi Hernández e David Silva deixando a equipe. O trio dará lugar a Javi Martínez, Cesc Fàbregas e Pedro.

Contestado, Iker Casillas não deixará o time, o que também deverá acontecer com Diego Costa, que em Salvador foi alvo de muitas vaias por parte dos torcedores brasileiros que acompanhavam o jogo nas arquibancadas.

O objetivo é manter a mesma forma de jogar apresentada no primeiro tempo do duelo com os holandeses, com bolas em profundidade buscando o homem de referência na área.

O Chile, por sua vez, pode apresentar uma formação diferente a da apresentada na vitória sobre os australianos. O 4-4-2 deverá dar lugar ao 3-5-2, e com isso o meia Valdívia deixaria a equipe, para dar lugar ao volante Francisco Silva, que atuaria na primeira linha defensiva.

O principal objetivo de Jorge Sampaoli, resgatando assim a formação com que atingiu mais sucesso na Universidad do Chile, é dar liberdade aos laterais Mauricio Isla e Eugenio Mena. A perda do homem técnico no meio seria compensada por maior movimentação de Eduardo Vargas e Alexis Sánchez.

Outra dúvida com relação ao time titular é quando a presença de Arturo Vidal, que jogou "no sacrifício" contra a Austrália, após se recuperar de lesão. O comandante da seleção chilena poderá preservá-lo, o que representaria a manutenção de Valdívia no time ou a entrada do meia Jean Beasejour.

Curiosamente, Espanha e Chile se enfrentaram no Maracanã 64 anos atrás, pela fase de grupos da Copa do Mundo de 1950. Os atacantes Estanislao Basora e Telmo Zarra garantiram o resultado positivo a favor dos ibéricos, por 2 a 0.

Depois disso, a seleção espanhola fez mais duas partidas no estádio, vencendo a Inglaterra por 1 a 0, e perdendo para o Brasil por 6 a 1, este último já no quadrangular decisivo.

No ano passado, 'La Roja' européia voltou ao estádio para disputar a Copa das Confederações. Primeiro golearam o Taiti por 10 a 1 na fase de grupos, mas na final acabaram goleados pela seleção brasileira por 3 a 0.

Prováveis escalações.

Espanha: Casillas; Azpilicueta, Martínez, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xabi Alonso e Fàbregas; Iniesta, Pedro e Diego Costa. Técnico: Vicente del Bosque.

Chile: Bravo; Jara, Silva (ou Valdívia) e Medel; Mena, Aránguiz, Díaz, Vidal e Isla; Vargas e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.

Árbitro: Mark Geiger (Estados Unidos), auxiliado por Mark Sean Hurd (Estados Unidos) e Joe Fletcher (Canadá).

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.

EFE   
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