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Terra na Copa

Falar inglês vira principal problema para voluntários das Confederações

27 jun 2013 - 14h24
(atualizado às 14h24)
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Falar inglês tem sido um dos principais problemas dos voluntários que estão trabalhando na Copa das Confederações. O gerente do programa der voluntariado, Rodrigo Hermida, admitiu essa falha depois que um jornalista alemão questionou ter tido dificuldades em alguns locais de competição. "O Brasil fala português. Não quero ser grosseiro e entendo a necessidade de quem vem de fora em ter uma língua de opção", disse, admitindo que durante o processo seletivo não era obrigatório  o domínio do inglês. "Talvez essa seja uma das coisas que tenhamos que mudar para a Copa do Mundo", disse.

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Além de não ser obrigatório dizer se sabia inglês, no formulário de inscrição era possível fazer um teste, não obrigatório. "Mas isso também não garante que a pessoa saiba realmente falar inglês", disse Hermida. Foram 5652 selecionados para a Copa das Confederações, sendo que apenas 265 estrangeiros, com destaque para colombianos, mexicanos e americanos. "Em alguns grupos, colocamos pessoas que falavam bem inglês para tentar minimizar esses problemas", explicou.

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Hermida justificou ainda porque foi criado um programa de voluntariado ao invés de contratar funcionários remunerados. "Foi uma escolha do Comitê, e a idéia foi deixar um legado para essas pessoas", alegou, dizendo que a experiência de ser voluntário é algo único. Um desses é o empresário indiano Omprakash Mundra, 63 anos, que está pela oitava vez trabalhando como voluntário em uma competição internacional. "Isso aqui é como ir a uma faculdade. Ninguém paga para você, é você quem paga", explicou.

Mesmo experiente, Mundra passou momento delicados depois do jogo Espanha x Taiti, quando teve que ficar até mais tarde no Maracanã. "Minha mulher me ligou preocupada, e só então eu entendi o que estava acontecendo no País", disse. O empresário tentou sair do estádio rumo ao local onde está hospedado e encontrou muitos policiais na rua. "Resolvi tirar a camisa, o boné, o crachá e ir andando para a casa onde estou com calma." Nesse dia, 300 mil pessoas protestaram na avenida Presidente Vargas, na sede da prefeitura, a menos de 1km do Maracanã.

O gerente de voluntários do COL, Rodrigo Hermida, admitiu que em algumas ocasiões foi necessário segurar os voluntários até mais tarde nos estádios por conta dos protestos nas ruas. "Mas não saberia te dizer quando isso aconteceu", desconversou. Hermida falou também dos voluntários que pegam seu uniformes e não aparecem para trabalhar. "Trabalhamos sempre com um numero de voluntários para não termos problemas com isso", explicou.

Não é a primeira vez que o indiano visita ao Brasil. Ele esteve no Rio em 2007 acompanhado pela mulher e falou do que encontrou diferente seis anos depois. "Tudo ficou muito mais caro. Os hotéis, a alimentação. Tudo custa pelo menos duas vezes mais do que na Índia", reclamou, pedindo que o COL tente conseguir hospedagens para os voluntários no ano que vem. "Os Jogos Olímpicos de Inverno em Socchi vão fazer isso. Nesses eventos, os preços sobem três, quatro vezes", disse. Mas Hermida disse que seria muito complicado montar alojamentos para voluntários e descartou a hipótese.

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O cronograma do programa de voluntariado para a Copa do Mundo ainda não está fechado, mas Rodrigo Hermida trabalha com um numero de 15 mil voluntários nas 12 sedes. Omprakash Mundra já se inscreveu e espera ser selecionado. "Se for selecionado, virei. Se não for, virei também, porque adoro esporte", afirmou.

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Fonte: Terra
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