A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apostou no retorno de dois campeões para substituir o demitido Mano Menezes. Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, que conquistaram respectivamente as Copas do Mundo de 1994 e 2002, voltam à entidade, sendo Felipão será o treinador e Parreira assume o recém-criado cargo de treinador. Em seu primeiro encontro oficial, a dupla mostrou ter algum entrosamento.
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Os novos contratados foram apresentados nesta quinta-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Perguntados sobre o quanto comandar a Seleção Brasileira desgasta uma pessoa, os dois usaram o bom humor.
"Você fez plástica, Parreira?", questionou Scolari, arrancando gargalhadas dos presentes. "O Parreira está mais bonito. Eu que não consegui fazer plástica ainda", acrescentou o ex-treinador do Palmeiras.
"Estou com uns cabelinhos brancos", respondeu Parreira, que descartou se sentir envelhecido por sua larga experiência no comando do Brasil. "Seleção faz bem, tem adrenalina. É gostoso e faz bem para mim", avisou.
Respondendo de forma mais sóbria, Scolari fez uma previsão sobre como será o trabalho com o novo colega. "Acho que os estilos vão se fundir. E serão adaptações que faremos de uma maneira muito legal", comentou Felipão.
"Temos formas de treinamento diferentes, mas que podem se juntar. Muitas vezes quando tem alguém de lado para poder se apoiar podemos experimentar uma ideia que em outras oportunidades ficamos um pouco receosos. Com a experiência de ter alguém como o Parreira, fica mais tranquilo", disse.
Carlos Alberto Parreira está de volta à Seleção Brasileira. Técnico do tetra em 1994 e eliminado em 2006, o veterano, 69 anos, retorna para assumir a função de coordenador do time nacional - que será comandado por Luiz Felipe Scolari até a Copa do Mundo de 2014, no País
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Diferentemente de muitos treinadores, Parreira não foi jogador profissional. Preparador físico na década de 1960, ele chegou à Seleção e integrou a comissão técnica que faturou o tri na Copa de 1970
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Parreira se firmou como técnico na década de 1980, especialmente depois de conquistar o título do Campeonato Brasileiro de 1984 pelo Fluminense. Depois, passou pelo Oriente Médio entre 1985 e 1991, comandando as seleções de Emirados Árabes e Arábia Saudita. Chegou ao comando do Brasil em 1991, depois da trágica campanha do País na Copa de 1990 - o time verde-amarelo de Sebastião Lazaroni caiu nas oitavas de final diante dos argentinos
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O auge da carreira de Parreira foi em 1994: à frente de um time comandado dentro de campo por Romário e Bebeto, derrotou a Itália nos pênaltis na decisão e conquistou o tetracampeonato
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Com a tarimba de tetracampeão, Parreira passou pelo Valencia, da Espanha, e pelo Fenerbahce, da Turquia. No entanto, retornou ao comando de uma seleção para treinar a Arábia Saudita em 1998. O país, contudo, teve uma campanha pífia no Mundial da França: perdeu dois jogos, empatou um e foi eliminado na primeira fase
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Depois da Copa de 1998, Parreira passou por Fluminense, Atlético Mineiro, Santos e Internacional, mas teve enorme sucesso à frente do Corinthians: conquistou o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil, montou aquilo que chamou de "o melhor lado esquerdo do mundo", com Kléber, Ricardinho e Gil e ainda foi vice-campeão do Brasileiro
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Credenciado pelo ótimo ano de 2002 no Corinthians, Parreira substituiu Luiz Felipe Scolari na Seleção Brasileira; o gaúcho deixou o comando do time verde-amarelo depois do penta
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Assim como na Copa de 1994, Parreira assumiu o cargo de técnico da Seleção tendo como braço direito o veterano Mário Jorge Lobo Zagallo
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A campanha de Parreira à frente da Seleção Brasileira começou vitoriosa, com o título da Copa América de 2004
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No ano seguinte, o Brasil goleou a Argentina na final e conquistou também a Copa das Confederações. A Seleção, famosa pelo "quadrado mágico" de Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, chegaria mais do que favorita para o hexa em 2006
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Em 2006, porém, a badalação na concentração marcou o período de treinamentos antes da Copa - algo que renderia muitas críticas a Parreira
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Sem encantar ao longo da Copa, a Seleção Brasileira foi eliminada da Copa do Mundo de 2006 nas quartas de final, após derrota por 1 a 0 para a França
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Parreira chegou ao Brasil e teve que se explicar da campanha decepcionante da Seleção, que não justificou o favoritismo e falhou na busca pelo hexacampeonato mundial
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Pouco depois de deixar a Seleção Brasileira em 2006, Parreira assumiu o comando da África do Sul, país-sede da Copa de 2010. Depois de conquistar a Copa Cosafa (Conselho de Associações de Futebol do Sul da África) de 2007, porém, pediu demissão do cargo alegando problemas particulares e indicou Joel Santana para a função
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No Brasil, Parreira chegou a treinar o Fluminense em 2009, mas não obteve sucesso. A equipe tricolor realizou uma péssima campanha no início do Campeonato Brasileiro e foi demitido quando o time se encontrava na zona de rebaixamento do torneio
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Ainda assim, Parreira aceitou o convite para retornar à seleção da África do Sul, assumindo o lugar de Joel, demitido em 2009
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A África do Sul fez uma campanha interessnte na Copa do Mundo, terminando na terceira colocação do Grupo A - com os mesmos quatro pontos que o México, vice-líder e classificado para as oitavas de final por ter melhor saldo de gols. A seleção de Parreira terminou à frente da França, que deu vexame no Mundial e amargou no último lugar da chave. Ao final de 2010, Parreira anunciou que havia se aposentado da função de treinador