Campeão mundial em 1994, Carlos Alberto Parreira agradeceu a confiança da CBF para retornar à Seleção Brasileira. Técnico também em 2006, o treinador será dessa vez coordenador, cargo criado para substituir a função de diretor de seleções, que era de Andrés Sanchez. Parreira aproveitou para avisar que, apesar de serem dois treinadores em funções importantes na CBF, não estará acima de Luiz Felipe Scolari, o substituto de Mano Menezes.
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"Quero agradecer a confiança que foi depositada. É bom voltar a nossa casa e disputar a quinta Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Me sinto como um garoto rejuvenescido. Fico feliz por reviver essa dobradinha, como fiz com o (Mário Jorge Lobo) Zagallo, agora com o Scolari. Sou o coordenador, e ele é o treinador. O Felipão é a figura principal da comissão", disse.
Parreira foi preparador físico da Seleção na campanha da conquista da Copa de 1970 e no quarto lugar de 1974. Em 1994 e 2006, foi o treinador. Ele ainda participou dos Mundiais de 1982, 1998 e 2010, respectivamente como treinador de Kuwait, Arábia Saudita e África do Sul.
"Vou me sentir útil na medida em que possa auxiliá-lo, fornecer ideias, incentivos e até discutir pontos de vista diferentes. A decisão final sempre caberá ao treinador, que é a figura principal da comissão técnica", comentou o ex-treinador da Seleção.
Carlos Alberto Parreira está de volta à Seleção Brasileira. Técnico do tetra em 1994 e eliminado em 2006, o veterano, 69 anos, retorna para assumir a função de coordenador do time nacional - que será comandado por Luiz Felipe Scolari até a Copa do Mundo de 2014, no País
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Diferentemente de muitos treinadores, Parreira não foi jogador profissional. Preparador físico na década de 1960, ele chegou à Seleção e integrou a comissão técnica que faturou o tri na Copa de 1970
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Parreira se firmou como técnico na década de 1980, especialmente depois de conquistar o título do Campeonato Brasileiro de 1984 pelo Fluminense. Depois, passou pelo Oriente Médio entre 1985 e 1991, comandando as seleções de Emirados Árabes e Arábia Saudita. Chegou ao comando do Brasil em 1991, depois da trágica campanha do País na Copa de 1990 - o time verde-amarelo de Sebastião Lazaroni caiu nas oitavas de final diante dos argentinos
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O auge da carreira de Parreira foi em 1994: à frente de um time comandado dentro de campo por Romário e Bebeto, derrotou a Itália nos pênaltis na decisão e conquistou o tetracampeonato
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Com a tarimba de tetracampeão, Parreira passou pelo Valencia, da Espanha, e pelo Fenerbahce, da Turquia. No entanto, retornou ao comando de uma seleção para treinar a Arábia Saudita em 1998. O país, contudo, teve uma campanha pífia no Mundial da França: perdeu dois jogos, empatou um e foi eliminado na primeira fase
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Depois da Copa de 1998, Parreira passou por Fluminense, Atlético Mineiro, Santos e Internacional, mas teve enorme sucesso à frente do Corinthians: conquistou o Torneio Rio-São Paulo e a Copa do Brasil, montou aquilo que chamou de "o melhor lado esquerdo do mundo", com Kléber, Ricardinho e Gil e ainda foi vice-campeão do Brasileiro
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Credenciado pelo ótimo ano de 2002 no Corinthians, Parreira substituiu Luiz Felipe Scolari na Seleção Brasileira; o gaúcho deixou o comando do time verde-amarelo depois do penta
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Assim como na Copa de 1994, Parreira assumiu o cargo de técnico da Seleção tendo como braço direito o veterano Mário Jorge Lobo Zagallo
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A campanha de Parreira à frente da Seleção Brasileira começou vitoriosa, com o título da Copa América de 2004
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No ano seguinte, o Brasil goleou a Argentina na final e conquistou também a Copa das Confederações. A Seleção, famosa pelo "quadrado mágico" de Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, chegaria mais do que favorita para o hexa em 2006
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Em 2006, porém, a badalação na concentração marcou o período de treinamentos antes da Copa - algo que renderia muitas críticas a Parreira
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Sem encantar ao longo da Copa, a Seleção Brasileira foi eliminada da Copa do Mundo de 2006 nas quartas de final, após derrota por 1 a 0 para a França
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Parreira chegou ao Brasil e teve que se explicar da campanha decepcionante da Seleção, que não justificou o favoritismo e falhou na busca pelo hexacampeonato mundial
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Pouco depois de deixar a Seleção Brasileira em 2006, Parreira assumiu o comando da África do Sul, país-sede da Copa de 2010. Depois de conquistar a Copa Cosafa (Conselho de Associações de Futebol do Sul da África) de 2007, porém, pediu demissão do cargo alegando problemas particulares e indicou Joel Santana para a função
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No Brasil, Parreira chegou a treinar o Fluminense em 2009, mas não obteve sucesso. A equipe tricolor realizou uma péssima campanha no início do Campeonato Brasileiro e foi demitido quando o time se encontrava na zona de rebaixamento do torneio
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Ainda assim, Parreira aceitou o convite para retornar à seleção da África do Sul, assumindo o lugar de Joel, demitido em 2009
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A África do Sul fez uma campanha interessnte na Copa do Mundo, terminando na terceira colocação do Grupo A - com os mesmos quatro pontos que o México, vice-líder e classificado para as oitavas de final por ter melhor saldo de gols. A seleção de Parreira terminou à frente da França, que deu vexame no Mundial e amargou no último lugar da chave. Ao final de 2010, Parreira anunciou que havia se aposentado da função de treinador