Felipão pede diálogo com árabes por rivais mais fortes para Seleção
Luiz Felipe Scolari admitiu que tentará diálogo com a empresa árabe Internacional Sports Events (ISE), dona do direito de comercializar os amistosos da Seleção Brasileira. Nesta sexta-feira, em São Paulo, Felipão mostrou disposição para encarar rivais fortes até a Copa do Mundo de 2014, já que cabe à ISE a escolha dos rivais por força de contrato. O vínculo, aliás, foi firmado pelo ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, em novembro de 2011. O Brasil já tem duas partidas confirmadas, contra a Inglaterra (fevereiro e junho) e outra com a França (também em junho).
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"Não é que não se possa escolher (o adversário), mas existe uma cláusula provavelmente com a empresa que comanda essa área e, na medida do possível, também vamos colocar que, se puderem nos ajudar com a colocação de adversários bem fortes, seria importante. Vamos tentar um diálogo nesse sentido", observou Felipão.
Desde a Olimpíada, o Brasil jogou com Suécia, África do Sul, China, Iraque, Japão e Colômbia, além do Superclássico das Américas diante da Argentina. Mano Menezes, ao longo de sua gestão, chegou a também fazer pedido semelhante.
Ainda sobre adversários, Felipão disse que espera uma chave equilibrada para o sorteio da Copa das Confederações. Para ele, facilidades demais não são bem vindas, haja vista a expectativa por jogos mais duros que os amistosos. Por outro lado, ter México e Japão ao lado da Itália, já confirmada, não será positivo. "Um dos dois vai cair na nossa chave. Os dois não deverão, mas um sim. E aí tem um ou outro (africano e Taiti) que você imagina ser um pouco mais fácil. Se tiver os dois, talvez o nível de atenção seja maior. Seria bom observar a reação contra essas boas equipes".
Sobre a expectativa por um título que possa fortalecer seu trabalho em 2013, Felipão ressaltou outros aspectos importantes que poderá aproveitar no torneio, mas lembrou da necessidade de trazer a torcida para junto da Seleção já de olho em 2014.
"O preferível é ganhar a Copa, claro, mas para o técnico o mais importante é a convivência. Vamos montar grupo com aquele espírito que temos de formatação de equipe. Vamos ver se passamos uma mensagem de confiança ao torcedor, de que exista esse envolvimento com o Mundial".
Por outro lado, ele já faz planos para os períodos em que terá maior convivência com o grupo de atletas. "Se não estou enganado, são 14 dias antes da competição. É um período bom para que se conheça a personalidade dos atletas em cada situação, como reagem a treinamentos e jogos, para que o técnico formule na sua cabeça como vai jogar, o que esperar de determinado atleta, e aí sim ser cobrado".
