Fifa custeará infraestrutura de telecomunicações apenas durante Copa
O Ministério das Comunicações e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) assinaram nesta segunda-feira um acordo que estabelece as obrigações na área de telecomunicações para a Copa do Mundo de 2014. O acordo definiu que o governo federal será responsável por toda a infraestrutura fixa, que ficará como legado ao País, enquanto a Fifa custeará o que será usado apenas durante o Mundial.
"Tínhamos algumas diferenças entre o Ministério e a Fifa, sobre o que era infraestrutura e o que era serviço. Resolvemos tratar que o que vai ficar no Brasil antes e depois da Copa será de responsabilidade do Ministério. O que vai ser usado apenas no torneio será pago pela Fifa", explicou Paulo Bernardo, titular da pasta.
A previsão, até o momento, é que o governo federal desembolse R$ 380 milhões. Do total, R$ 200 milhões foram repassados ao orçamento de 12 redes metropolitanas. Os outros R$ 180 milhões, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará para reforço, treinamento, equipamentos, rede, entre outros. "Ainda tem orçamento sendo fixado", destacou Bernardo.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, destacou que a área de comunicação é fundamental para a Copa. A fim de garantir a eficiência do Mundial, é necessário que todos os prazos sejam cumpridos. "Estamos trabalhando para que tudo fique pronto a tempo. Insistimos nos eventos testes para resolver possíveis problemas. Alguns estádios serão entregues apenas no final deste ano. Mas tem que entregar no prazo, para que todo o trabalho a seguir tenha prazo suficiente", apontou.
Na última sexta, a Telebras, responsável pela infraestrutura de telecomunicações da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, divulgou que 74% das obras executadas nas seis cidades-sede (Brasília, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza) estão concluídas. Com relação às demais - São Paulo, Cuiabá, Natal, Manaus, Curitiba e Porto Alegre - o percentual de execução fica em 20%, atualmente em fase de licenciamento e projeto executivo.
Ao todo, serão disponibilizados mais de 1,2 mil km de fibra óptica nas regiões metropolitana das 12 cidades-sede, construídos 780 km de fibra óptica, com o uso, inclusive, de redes de fibras já implantadas e ativação de mais de 47 pontos de presença (POPs), que são subestações de dados.