Fifa fica satisfeita com liberação de documentos do caso ISL
11 jul2012 - 12h18
(atualizado às 13h18)
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A Fifa emitiu um comunicado nesta quarta-feira expressando a satisfação com a decisão da Corte Federal Suíça de liberar documentos que implicam dois dirigentes em um caso de corrupção com a agência de marketing ISL, que foi parceira da entidade até decretar falência há 11 anos. As identidades mais prováveis dessas pessoas são os brasileiros Ricardo Teixeira e João Havelange.
O texto diz que a decisão está alinhada com a vontade do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que vem apoiando a divulgação dos documentos do Tribunal de Zug desde o congresso de junho de 2011, quando foi reeleito para um quarto mandato.
Após uma campanha cheia de denúncias de corrupção, Blatter prometeu aumentar a fiscalização e combater as irregularidades. O comunicado garante que nenhum terceiro nome será revelado e que o presidente da Fifa não será implicado.
Havelange foi presidente da entidade máxima do futebol por 24 anos e renunciou ao cargo no Comitê Olímpico Internacional no ano passado para fugir de uma investigação que o puniria por causa do relacionamento com a ISL. Ricardo Teixeira saiu da presidência da CBF alegando problemas familiares e de saúde.
Completa nesta quinta-feira, 5 de julho, 30 anos da derrota do Brasil para a Itália na Copa do Mundo da Espanha em 1982, batizada desde então como o Desastre de Sarriá, em referência ao nome do Estádio do Espanhol (Barcelona), demolido em 1997, onde a partida aconteceu. Neste especial, o Terra relembra personagens e histórias que marcaram a maior derrota brasileira desde a Copa de 1950. Confira:
Foto: AFP/Getty Images/Getty Images / AFP
Galinho no auge Ao chegar ao Mundial da Espanha em 1982, o segundo de sua carreira, Zico vivia o auge de sua carreira. O meia - que vinha das conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes (1981) e de dois Brasileiros (1980 e 1982) pelo Flamengo -, apesar da derrota no Sarriá fez um torneio inspiradíssimo, guiando o toque de bola encantador da equipe, e sendo artilheiro do Brasil, com quatro gols
Foto: AFP
Doutor, capitão e maestroO ano de 1982 marca o auge técnico e carismático na carreira de Sócrates, corintiano grandalhão (1,90 m) que comandava ao lado de Zico o meio de campo do Brasil. Ao final daquele ano, Sócrates contaria com o título do Campeonato Paulista sobre o São Paulo e com excelente atuação no Mundial da Espanha. O meia marcou gols nas partidas mais difíceis para o Brasil, na vitória por 2 a 1 sobre a URSS, na estreia, e na derrota fatídica contra a Itália
Foto: Gertty Images
Preparação impecávelA Seleção vinha de preparação impecável e fizera campanha perfeita nas eliminatórias, com quatro vitórias em quatro jogos, contra Venezuela e Bolívia. Além dos triunfos nas eliminatórias, Brasil vinha de várias vitórias contra seleções de expressão, como a Alemanha
Foto: Gertty Images
Paciência esgotadaA derrota em 1982 causou de uma maneira geral mais comoção que irritação, mas para João Saldanha, jornalista e técnico da Seleção na preparação para a Copa de 1970, o derrota foi implacável com a derrota. "Perdemos, paciência. Campeão moral? Pra mim não me serve. Campeões da burrice. É, campeões da burrice tática. Esse título me parece mais apropriado. Era o que eu tinha a dizer", disse Saldanha em sua coluna no Jornal do Brasil, na époc
Foto: Gertty Images
Rebelde domadoA participação de Serginho no time brasileiro no Mundial de 1982 é das mais controvertidas. O centroavante, destaque da estrelada equipe do São Paulo, conhecida como A Máquina no começo dos anos 80, conta que sua participação na Copa foi prejudicada por ter, segundo ele próprio, sido domesticado demais para enquadrar-se na rígida disciplina do técnico Telê Santana
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Voa CanarinhoO lateral Júnior foi um dos grandes nomes da equipe brasileira em 1982, com destaque para a partida contra a Argentina, em que marcou o terceiro gol na vitória por 3 a 1. Mas o ídolo flamenguista também é lembrado por ter gravado antes do Mundial a canção que viraria tema do Brasil na Copa: Voa Canarinho
Foto: Gertty Images
Maradona dá chiliqueDuelo mais memorável do Brasil naquela Copa, a partida contra a Argentina foi marcada pelo futebol exuberante da Seleção, mas a vitória sobre os rivais sul-americanos teve outro destaque. Diego Maradona, frustrado e impotente diante da superioridade brasileira, perdeu a cabeça, agrediu o meio campo Batista e foi expulso de campo
Foto: AFP
Vitória dá forçaA Itália chegara ao Grupo C da segunda fase com três empates em três jogos (contra Polônia, Camarões e Peru), em campanha pífia até aquele momento e que provocara uma greve de silêncio dos atletas com a imprensa do país. A partir da vitória por 2 a 1 sobre a Argentina, porém, o time engrenou, desbancou o Brasil e acabou batendo a Alemanha na decisão
Foto: Getty Images
Igualando o BrasilA vitória contra o Brasil significou também a equiparação das duas seleções em número de títulos mundiais. A Itália, que perdera a chance contra o Brasil em 1970, conseguiu, finalmente, o tri em 1982, se igualando aos brasileiros como maiores da história das Copas
Foto: Getty Images
Consagração após escândaloO título mundial foi a redenção não apenas do futebol italiano, mas significou também uma recuperação de prestígio profissional e pessoal para os atletas daquele país, em especial o atacante Paolo Rossi, artilheiro da Copa com seis gols e autor de três contra o Brasil. Rossi passara mais de um ano suspenso do futebol por envolvimento com a máfia das apostas
Foto: Getty Images
Título muda o futebolA vitória da Itália sobre o Brasil é traumática não apenas para o torcedor do Brasil, mas também para o próprio futebol. Os 3 a 2 no Estádio Sarriá são considerados para muitos um marco que separa a era do futebol arte da era do futebol força