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Terra na Copa

Fifa já contabiliza cerca de 100 casos de "marketing de emboscada"

Entidade organizou mesa redonda com jornalistas para tratar do tema para Copa das Confederações e Copa do Mundo, no Rio de Janeiro

11 jun 2013 - 16h44
(atualizado às 18h49)
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<p>Fifa convocou mesa redonda no Rio de Janeiro para tratar da proteção de marcas</p>
Fifa convocou mesa redonda no Rio de Janeiro para tratar da proteção de marcas
Foto: André Naddeo / Terra

A quatro dias da abertura da Copa das Confederações, a Fifa contabiliza cerca de 100 casos, nos últimos seis meses, do chamado "marketing de emboscada", quando outras empresas que não são parceiras da entidade utilizam indevidamente as marcas protegidas para os patrocinadores com o intuito de impulsionar vendas tendo em vista a realização do torneio continental e também da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Confira todos os vídeos da Copa das Confederações

A contagem das irregularidades comerciais foi divulgada nesta terça-feira pelo diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, em mesa redonda com os jornalistas em um hotel em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, justamente para tratar do tema dentro da organização dos dois torneios.

"A grande maioria destes casos, diria que 80%, é usando o emblema, a taça, são coisas menores. Achamos uma bala de coco com o emblema da Copa (do Mundo), por exemplo. Tivemos casos de grandes companhias, mas até agora, a maioria dos casos tem sido nesse sentido", explicou.

De acordo com Weil, a Fifa tem um total de 20 patrocinadores, em cotas distintas, que vão gerar um ganho de cerca de R$ 3 bilhões para a entidade que gere o futebol mundial. "Daí a importância de nós protegermos nossos patrocinadores. São eles quem estão ajudando na organização das competições", esclareceu.

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"O que realmente é compliocado são as grandes empresas que, conscientemente, fazem algo errado, e aí é o caso de tomarmos uma ação legal na Justiça, nas mais diferentes cortes, até acharmos que a solução foi favorável para nós e para as marcas", complementou.

O dirigente cita, como exemplo, um tipo de ação em que "você vê dez pessoas usando camisas iguais no entorno do estádio exibindo uma grande marca. Isso foi algo planejado, isso é marketing de emboscada".

Outro caso emblemático ocorreu em 2010, na Copa do Mundo da África do Sul, quando 36 torcedoras holandesas, com camisas da cervejaria Bavaria, foram retiradas do estádio Soccer City por autoridades locais após intervenção dos agentes da Fifa. A empresa de cerveja patrocinadora oficial da entidade é a Budweiser.

"Andamos em volta do estádio, e sempre tem duas ou três pessoas trabalhando especificamente nisso. E quando achamos esse tipo de atividade, reportamos às autoridades locais. Não temos autoridades para autuar, mas sempre mantemos nossos olhos", afirmou ainda Anke-Jan Bossenbroek, diretor responsável pela proteção de marcas da Fifa.

Os termos que possuem proteção especial por parte da Fifa, com exceção dos governos municipais, estaduais e federal, que têm permissão para usá-los, em português e inglês, são: Fifa World Cup, Mundial 2014, Brasil 2014, Cidade Sede +2014, Copa do Mundo, World Cup 2014 e Copa 2014.

Conflito de interesses?

Um caso à parte no que diz respeito a luta publicitária para a proteção dos patrocinadores envolvem empresas que patrocinam seleções, mas não os próprios eventos em si da Fifa, como a própria Copa das Confederações. É o que envolve as gigantes dos cartões de crédito: enquanto a Mastercard é patrocinadora da Seleção Brasileira, a Visa detém os direitos sobre a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014.

Nesta questão, existe uma separação, como explica Bossenbroek, citando o exemplo da seleção italiana treinando no Rio de Janeiro. "Para os treinos no Engenhão, vocês viram que eles tapam as outras marcas e usam os próprios banners. Quando tiverem que fazer o treino de reconhecimento do Maracanã, por exemplo, no sábado, vão estar em um local da Fifa, então usam até uniformes diferentes e estão abertos para os nossos patrocinadores", disse.

Pirataria

Além de toda a questão envolvendo a publicidade ilegal, também conhecida pelo termo "ambush marketing", diz respeito à pirataria. Neste caso, a Fifa conta com o apoio específico do Ministério da Justiça para impedir que produtos falsificados cheguem até os torcedores.

"O cara que estiver vendendo três, quatro camisetas em outro bairro, longe do estádio ou em outra cidade, para ser honesto, isso não será um problema. Não é algo correto, mas não chega a ser um problema. Nosso foco é pegar os que trazem milhões de camisas da China, por exemplo, e entram com esse produto ilegalmente no Brasil. É esse o nosso tipo de foco, é o que queremos parar", explicou Thierry Weil. "Queremos também que os torcedores adquiram algo de qualidade".

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Fonte: Terra
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