Futebol inglês é gerido por homens e brancos, diz dirigente
O presidente da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), Greg Dyke, descreveu sua própria organização neste sábado como "esmagadoramente masculina e esmagadoramente branca”, afirmando que a entidade precisa mudar.
Em uma mensagem de vídeo pré-gravada à Federação de Apoiadores do Futebol, Dyke - ex-diretor da rede BBC que assumiu o lugar de David Bernstein um ano atrás - disse que a FA corre o risco de se tornar "irrelevante".
"Se vocês observarem quem torce e quem joga futebol, e depois olharem o conselho da FA, ela não os representa”, teria dito Dyke à BBC.
“Ela ainda é esmagadoramente masculina e esmagadoramente branca em um mundo que não é esmagadoramente masculino e esmagadoramente branco, e de alguma forma isso tem que mudar”, acrescentou. “Temos que tentar mudar isso, mas não estamos sozinhos, os fãs têm que tentar mudá-lo também.”
O conselho da FA consiste de cerca de 120 membros dos círculos amador e profissional do esporte, e auxilia na elaboração de políticas para a entidade.
Os comentários de Dyke, que outrora acusou a BBC de ser “detestavelmente branca”, vêm na esteira de críticas à falta de diversidade da Associação de Futebol da Inglaterra da parte de pessoas como o ex-zagueiro da seleção inglesa Sol Campbell. Em sua biografia, lançada este ano, Campbell afirmou que, se fosse branco, teria capitaneado a Inglaterra durante dez anos.
“Temos que ver como envolver a população da Inglaterra do século 21 e a mistura que ela tem”, declarou Dyke. “Se continuarmos assim, velhos brancos, iremos nos tornar cada vez mais irrelevantes", criticou o dirigente.