Governo: concessionário do Maracanã terá retorno em 12 anos
- Cirilo Junior
- Direto do Rio de Janeiro
O governo do Rio estima que o consórcio que vencer a licitação para administrar e operar o Maracanã terá retorno do investimento em até 12 anos. O contrato de concessão terá duração de 35 anos, A projeção é que o concessionário possa ter receitas anuais de R$ 154 milhões, diante de despesas que somam R$ 43 milhões, fora o pagamento mínimo de R$ 7 milhões pela concessão, que será repassado ao Estado.
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Deve-se levar em conta ainda que o novo administrador do Maracanã terá que fazer investimentos estimados em R$ 469 milhões, que incluem a construção de um novo estádio de atletismo e um novo parque aquático. Os atuais (Célio de Barros e Julio Delamare), assim como o Museu do Índio, serão demolidos e darão lugar a estacionamentos e um Museu do Futebol.
"O concessionário deverá ter uma taxa de retorno de 9,8% em relação ao investimento, por ano", afirmou o secretário da Casa Civil do governo estadual, Régis Fichtner.
A previsão é que o processo de licitação que vai conceder o principal estádio do País esteja concluído na primeira metade do ano que vem. O Maracanã já deverá estar sob nova administração já na Copa das Confederações, na metade do ano.
O projeto com as alterações no Complexo do Maracanã foi desenvolvido pela IMX, empresa da área de esportes e entretenimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista. As novas áreas para a prática de atletismo e esportes aquáticos ficarão em São Cristóvão, num terreno do Exército, do outro lado da linha do trem que passa em frente ao estádio.
Segundo a secretária de Esportes, Márcia Lins, o Maracanã gerava lucro anual em torno de R$ 3 milhões por ano. Os R$ 7 milhões previstos como outorga anual poderão subir, de acordo com a proposta de cada consórcio. Levará a concessão do Maracanã quem apresentar melhor proposta financeira, aliada à demonstração de capacidade para administrar e operar o estádio, ressaltou Fichtner.
"Ganhará quem demonstrar quem tem condições de operar estádio desse porte e parte financeira. Temos que mudar padrão de estádios no Brasil, dando conforto para competir com a televisão e internet", observou.