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Terra na Copa

Grécia viaja ao Brasil para esquecer crise econômica

21 mai 2014 - 16h56
(atualizado às 17h39)
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Afundados em uma crise política e econômica que parece não ter fim, os gregos esperam colocar as mágoas e tristeza de lado durante a Copa do Mundo do Brasil-2014 para poder acompanhar a campanha de sua seleção, que costuma surpreender.

O português Fernando Santos, técnico da Grécia desde 2010, pretende fazer sua parte para dar um pouco de alegria a um povo que, ultimamente, não tem motivos para sorrir.

"Todo mundo sabe que tenho a Grécia no meu coração e que continuarei torcendo para que o país saia desta crise econômica o mais rápido possível. O povo grego pode ter certeza de que faremos tudo para que as pessoas possam sair às ruas e festejar", declarou o treinador de 59 anos à rádio Super Sport FM, em maio.

Para isso, Santos e seus comandados querem buscar inspiração na Eurocopa-2004, quando a Grécia do alemão Otto Rehhagel chegou à final da competição e surpreendeu o mundo, derrotando o anfitrião Portugal.

Surfando a onda desse sucesso inesperado, depois disso, a Grécia participou de cinco grandes competições nos últimos dez anos, com resultados que permitiram aos helenos se manter no Top-15 do ranking da Fifa. Atualmente, estão no 10º lugar.

Os gregos se classificaram para o Mundial brasileiro eliminando a Romênia em novembro, na repescagem das eliminatórias europeias, após terminar em segundo na fase de grupos, logo atrás da Bósnia.

Diante dos romenos, o destaque foi Kostas Mitroglu, autor de três gols nas duas partidas. Agora, é preciso saber se o atacante do Fulham, que se recupera de uma lesão no joelho, terá condições de jogo no Mundial.

Com uma formação mais ofensiva que a de Rehhagel, Fernando Santos espera alcançar um resultado melhor no Brasil do que nas outras duas participações gregas em Copas do Mundo: nenhum gol e nenhuma vitória em 1994 e apenas um triunfo em 2010.

"O método no qual se baseia nosso estilo de jogo não vai mudar. Você não mexe numa fórmula que está dando certo, mas certamente teremos que fazer alguns ajustes para tirar proveito das fraquezas dos nossos adversários e aproveitar nossos pontos fortes", explicou Santos.

Desde o decisivo confronto contra a Romênia, em novembro, a Grécia disputou apenas um amistoso, sendo derrotada em março pela Coreia do Sul, em casa, por 2-1. Letárgicos, mal posicionados na defensa e inexistentes no ataque, os gregos pareciam outro time.

Santos manteve a calma, porém, e garantiu que a equipe chegará ao Brasil no auge da forma para superar um Grupo C equilibrado, onde também estão Costa do Marfim, Colômbia e Japão.

"Enfrentaremos três equipes de continentes diferentes, com culturas e características diferentes. Respeito nossos adversários, mas tenho certeza de que eles sabem que a Grécia também será um adversário complicado. Sabemos que não será fácil, mas temos fé no nosso objetivo, que é a classificação para a próxima fase", afirmou o técnico.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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