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Terra na Copa

Jornal: "cachê" da Seleção era desviado para empresas de presidente do Barça

15 ago 2013 - 08h15
(atualizado às 08h33)
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<p>Desvio de dinheiro do cachê recebido pela Seleção em jogos amistosos aconteceu durante a gestão de Ricardo Teixeira</p>
Desvio de dinheiro do cachê recebido pela Seleção em jogos amistosos aconteceu durante a gestão de Ricardo Teixeira
Foto: Getty Images

Denúncias graves sobre a gestão de Ricardo Teixeira da CBF vem a público mais de um ano depois da saída do dirigente da entidade. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, parte do dinheiro pago à CBF por times de todo o mundo como cachê para enfrentar a Seleção Brasileira não era depositada em contas no País, mas foi direcionada para empresas com sede nos Estados Unidos, registradas em nome de Sandro Rosell, atual presidente do Barcelona, ex-representante da Nike no Brasil e amigo pessoal de Teixeira. A prática, segundo documentos e fontes do jornal, teria marcado a gestão de Teixeira na CBF a partir de 2006.

O periódico afirma que a Seleção Brasileira percorreu o mundo, disputando amistosos em países como Gabão, Hong Kong e Zimbábue, cobrando pelo menos US$ 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões) por jogo realizado. Segundo pessoas envolvidas com o pagamento desses cachês, nem todo o dinheiro que saía das federações estrangeiras, direitos de imagem ou governos de outros países era enviado ao Brasil. O destino eram contas nos EUA.

<p>Dinheiro era desviado para empresas de Sandro Rossell, atual presidente do Barcelona, com sede nos Estados Unidos</p>
Dinheiro era desviado para empresas de Sandro Rossell, atual presidente do Barcelona, com sede nos Estados Unidos
Foto: Getty Images

O esquema funcionava da seguinte forma: a partir de cada jogo, eram repassados para a ISE (empresa com sede nas Ilhas Cayman que negociava os amistosos da Seleção desde 2006) como lucros da partida cerca de US$ 1,6 milhão (cerca de R$ 3,7 milhões). Desse total, US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) seguia de volta para a CBF como pagamento pelo cachê. Mas o restante – cerca de US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) – não era contabilizado para a entidade.

Pelo contrato obtido pelo Estado de S. Paulo, US$ 450 mil (R$ 1 milhão) seriam encaminhados para contas nos EUA, em uma empresa de propriedade de Rosell. No total, o contrato aponta que, por 24 jogos,o valor previsto para o pagamento seria de US$ 10,9 milhões (cerca de R$ 25,3 milhões) para a empresa nos EUA. Dividido por 24 jogos, esse valor seria de US$ 450 mil. 

Fonte: Terra
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