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Terra na Copa

Marin se irrita e faz longo discurso para defender sorteio na Bahia

3 dez 2013 - 17h57
(atualizado às 19h30)
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<p>Marin demonstrou irritação ao responder pergunta</p>
Marin demonstrou irritação ao responder pergunta
Foto: Getty Images

Mais lembrado por ser o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) do que do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marin estava deslocado na entrevista concedida nesta terça-feira na Costa do Sauípe, prévia para o sorteio que definirá as chaves da Copa de 2014. Mas quando foi interpelado pelo presidente Joseph Blatter a entrar em uma discussão, fez um longo monólogo, irritando-se com o questionamento do litoral baiano como local do evento.

“Está sendo aqui como poderia ser em qualquer lugar do Brasil. Nosso país é continental. Repeti isso várias vezes. É fácil responder, poderia ser em qualquer lugar do Brasil. O importante é que vamos receber da melhor maneira possível. O importante não é nos preocuparmos com isso, é receber as 32 seleções da melhor maneira possível, com nosso braços e mãos estendidas. Não é o momento de fazer estas indagações”, afirmou.

Antes, Marin só havia falado nas apresentações dos convidados na mesa, quando fez um discurso prometendo trabalho árduo para corresponder às expectativas de quem vai ao Brasil. Quando aberta a perguntas, os questionamentos se concentraram em Blatter, no secretário-geral da entidade, Jeróme Valcke, e do representante do governo Luís Fernandes.

Com Blatter creditando exclusivamente ao COL a responsabilidade pela escolha da sede, sobrou para Marin a explicação. Foi a chance de fazer um discurso de quase 5 minutos, no qual repetiu uma gafe (trocou o u pelo i e chamou o local de ‘Costa do Saiupe’) e falou sobre temas que pouco tinham a ver com a pergunta após pedir licença para se “alongar” na resposta.

“Tenho 82 anos. Me formei em direito pela USP em São Paulo. Fui governador. Ouvi várias vezes o Hino Nacional. Mas confesso a todos. Nunca vi uma torcida como aquela cantando como contra a Espanha (final da Copa das Confederações), vocês são testemunhas disso. Quando acabou eu disse para a minha esposa: ninguém vencerá o Brasil hoje. Mesmo a seleção campeã do mundo”, afirmou, antes de tentar relacionar os temas.

Felipão dá de ombros para sorteio da Copa do Mundo:

“Poderia ser em qualquer lugar do Brasil. O importante é que tenhamos consciência de um significado da Copa do Mundo que eu considero no campo da união como o melhor instrumento de aproximação do povo” discursou. A entrevista foi encerrada na sequência pelo próprio Blatter, sendo cancelada uma última pergunta programada.

A escolha da Costa do Sauípe para ser sede do sorteio das chaves para a Copa do Mundo tem como pano de fundo a perda de força de Salvador na distribuição de jogos na tabela. O governo da Bahia fez lobby para receber a semifinal, mas teve de se contentar com as quartas. Em contrapartida, ganhou a chance de receber o evento do dia 6 de dezembro após investimento de R$ 6,4 milhões do governo.

Fonte: Terra
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