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Terra na Copa

Match alega inocência de CEO e exalta relação com Fifa

14 jul 2014 - 21h11
(atualizado às 21h19)
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<p>O CEO da Match, Raymond Whelan, alega ser inocente </p>
O CEO da Match, Raymond Whelan, alega ser inocente
Foto: Tasso Marcelo / AFP

A Match divulgou um comunicado nesta segunda-feira esclarecendo os problemas envolvendo o CEO da empresa, o inglês Raymond Whelan, acusado de chefiar a máfia que comercializava ilegalmente ingressos da Copa do Mundo por preços exorbitantes. A nota alega a inocência do executivo e aproveita para exaltar a relação de 30 anos com a Fifa, além de citar outros eventos onde organiza o mesmo serviço feito no Mundial, como Roland Garros, Grand Slam de tênis disputado na França.

Segundo a Polícia Civil, a máfia foi liderada pelo franco-argelino Mohamed Lamine Fofana. Na última quinta, a Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Fofana e mais nove acusados, que estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Entre eles, apenas Whelan continuava solto e estava foragido.

O executivo estava hospedado no Copacabana Palace junto com integrantes da Fifa, e quando recebeu o mandado, Whelan deixou o hotel pela porta dos fundos ao lado de seu advogado, Fernando Fernandes.

Whelan já havia sido detido pela Polícia na última segunda-feira, mas foi liberado horas depois por um habeas corpus e voltou ao hotel. Acusado de cambismo, organização criminosa, desvio de ingresso e corrupção ativa, ele alega ser inocente e inclusive teria dito a Fernandes ao se entregar: "enfim, poderei iniciar minha defesa criminal".

Confira o comunicado na íntegra:

1. Todas as vendas de ingresso efetuadas pela MATCH seguiram os rígidos procedimentos de segurança determinados pela FIFA;

2. Não houve irregularidade ou ilegalidade em nenhuma venda de ingressos efetuada diretamente pela MATCH HOSPITALITY. A empresa não revende ingressos e seus contratos expressamente vetam a revenda não autorizada dos mesmos;

3. Podemos assegurar que o sr. Raymond Whelan não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular e temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras;

4. A MATCH ou seus dirigentes têm um histórico de 30 anos de relacionamento com a FIFA assim como longa experiência na organização de grandes eventos esportivos. Além do gerenciamento dos serviços de venda de ingresso, acomodação e gestão de TI em Copas do Mundo desde 1994, a empresa também é ou foi responsável por diversos eventos, como o French Open, Ryder Cup, e os Jogos Pan-americanos do Rio, entre outros;

5. Estamos confiantes de que as investigações realizadas pelas autoridades brasileiras darão transparência aos fatos e deixarão claro a lisura do trabalho da MATCH e de sua equipe; a MATCH tem certeza de que os órgãos de investigação e as autoridades judiciárias envidarão todos os esforços para exonerar o sr. Whelan de qualquer responsabilidade na movimentação irregular de ingressos. Nós afirmamos que o sr. Whelan jamais facilitou ou participou de qualquer ato ilegal que eventualmente tenha sido cometido por pessoas ou grupos investigados;

6. A MATCH também se coloca à disposição para ajudar na investigação. Contamos com rigorosos procedimentos e ferramentas que permitem a lisura e o rastreamento de todos os ingressos vendidos diretamente pela empresa em operações gigantes. Na Copa do Mundo do Brasil, foram vendidos 3,2 milhões de ingressos, incluindo 300 mil ingressos de pacotes hospitality vendidos para cerca de 11 mil clientes corporativos e individuais.

7. A Área de Conformidade (MATCH Enforcement Team), que é uma divisão da MATCH Services, atuou sempre em conjunto com governos e órgãos de defesa do consumidor no Brasil e em vários outros países durante muitos anos. Sempre com o objetivo de aumentar o nível de informação sobre o problema de venda ilegal de ingressos, a empresa atua ajudando a identificar terceiros que estão envolvidos nessas atividades ilegais e apoiando a polícia e outras autoridades nesse trabalho.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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