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Terra na Copa

Mazzola vê Brasil sem chances na Copa e detona: "piruetas não contam"

15 ago 2012 - 12h46
(atualizado às 13h17)
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Se a Copa do Mundo de 2014 ocorresse hoje, o Brasil não teria "nenhuma possibilidade" de conquistar o título. Essa é a opinião do ex-jogador João José Altafini, o Mazzola, que cobrou mais "caráter" e "garra" da atual Seleção Brasileira, dizendo que "as piruetas não contam" para vencer - e sim fazer gols. As informações são do jornal espanhol Sport.

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Mazzola, 74 anos, nasceu em Piracicaba, no interior de São Paulo, e foi campeão mundial pelo Brasil em 1958. Neto de italianos e antiga estrela de Palmeiras, Milan, Napoli e Juventus, o ex-atacante defendeu também a Itália na Copa do Mundo de 1962 e atualmente é comentarista de futebol em uma televisão do país europeu.

Nesta semana, Mazzola está em Estocolmo, onde encontrou antigos colegas como Pelé e Pepe por ocasião do amistoso entre Brasil e Suécia, que ocorre nesta quarta-feira e marca a despedida do Estádio Rasunda, palco da final do Mundial de 1958. Além de relembrar o passado, o ítalo-brasileiro comentou o presente e, segundo publica o Sport, criticou a equipe comandada por Mano Menezes.

Após ver o Brasil ser vice-campeão olímpico no último sábado, sendo derrotado pelo México por 2 a 1 na final da Olimpíada de Londres, o ex-atleta disse que "está tudo ruim" e avaliou que não haveria chances de conquistar a Copa do Mundo em casa se o evento ocorresse hoje.

Relembrando o fracasso no Estádio de Wembley, Mazzona evitou colocar a culpa em Mano, afirmando que à Seleção atual "falta caráter" e que "os jogadores devem por o seu". Ele apontou que "é necessária uma injeção de caráter" e que "as piruetas não contam, o que conta é o gol".

Mazzola ainda questionou a postura "rígida" de Neymar dentro do campo. O ex-atleta analisou que o argentino Lionel Messi é o "exemplo ideal" para o atacante do Santos, indicando que o jovem, 20 anos, "não pode passar os 90 minutos jogando na ponta esquerda" e "quando a marcação aperta" precisa atuar "por todo o campo", como faz o astro do Barcelona.

Outro exemplo citado por Altafini, como é conhecido na Itália, foi o ex-companheiro Pelé. Nas palavras de Mazzola, o atual embaixador da Copa do Mundo de 2014 "tinha talento, mas também garra".

O ítalo-brasileiro ainda opinou que um técnico de uma seleção "deve escolher gente de talento e também quem dá o sangue" em campo. Ainda sobre Mano, Altafini admitiu não conhecer o treinador e cobrou que os atletas, independentemente da liberdade dada por Menezes, "têm de saber encontrar soluções em campo" diante das dificuldades apresentadas.

Homenageado na Suécia, Mazzola (ao fundo, o quarto da esq. para a dir.) falou sobre Mano Menezes
Homenageado na Suécia, Mazzola (ao fundo, o quarto da esq. para a dir.) falou sobre Mano Menezes
Foto: Ricardo Stuckert/CBF / Divulgação
Fonte: Terra
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