Mesmo com apoio, Ricardo Teixeira pode se afastar do comando da CBF
- Cirilo Junior
- Direto do Rio de Janeiro
Apesar de a assembleia extraordinária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não ter definido qualquer mudança no comando da entidade, nesta quarta-feira, a permanência de Ricardo Teixeira na presidência segue incerta, especialmente por conta do estado de saúde do dirigente.
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Na próxima semana, Ricardo Teixeira fará exames médicos mais detalhados a respeito da condição clínica. Ele não detalhou o problema, mas aparentou abatimento, de acordo com um dirigente que participou do encontro. Teixeira foi internado no ano passado com uma crise de diverticulite (processo inflamatório na parede do cólon, ligado ao intestino grosso).
Caso Teixeira peça licença médica temporária, ele poderá indicar o substituto entre um dos cinco vice-presidentes da CBF. A prerrogativa de que o mais velho assuma só é válida caso Teixeira peça afastamento de forma definitiva. Atualmente, o vice de mais idade é Jose Maria Marin.
"Ele disse que vai cuidar da saúde. Se vai ter que se afastar, não sei. Pode ser. Mas ele também pode continuar na presidência e tomando remédios", afirmou o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio.
Questionado se daria o aval para que Marin assumisse caso Teixeira abrisse mão da presidência, mesmo que de forma temporária, Carmélio frisou que é "legalista", e está sempre a favor do cumprimento do estatuto.
O presidente da Federação do Rio de Janeiro, Rubens Lopes Filho, foi diplomático e também disse que o estatuto deve ser cumprido. Quando, no entanto, começaram a pipocar informações de que Teixeira poderia deixar a CBF, Lopes, assim como dirigentes de Bahia e Rio Grande do Sul, se colocou a favor de que novas eleições fossem realizadas.