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Terra na Copa

Messi iguala Neymar e dá 3ª vitória à Argentina em "invasão" a Porto Alegre

25 jun 2014 - 15h11
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Diante de 43.285 torcedores, boa parte deles argentinos que "invadiram" Porto Alegre para ir ao Beira-Rio nesta quarta-feira, Lionel Messi decidiu mais uma vez a favor da 'Albiceleste' e marcou dois gols na vitória sobre a Nigéria por 3 a 2, pelo grupo F da Copa do Mundo, além de ter participado do lance em que Marcos Rojo marcou o terceiro.

Decisivo como de praxe, Messi se igualou a Neymar no topo da artilharia do Mundial, com quatro gols cada. E Rojo, depois de escanteio cobrado pelo camisa 10, deixou o dele. Musa fez os dois da seleção africana.

Com três vitórias, a Argentina confirmou a liderança da chave e é uma das três equipes a terminar a primeira fase com 100% de aproveitamento até agora, junto com Holanda e Colômbia. Nas oitavas, Messi e companhia terão pela frente o segundo colocado do grupo E, que tem França, Suíça, Equador e Honduras.

Apesar da derrota, os nigerianos também avançaram, com quatro pontos. Eles foram beneficiados pela derrota do Irã para a já eliminada Bósnia por 3 a 1 em Salvador.

Apesar de já estar classificada e de depender apenas do empate para ser líder, a Argentina não poupou forças e repetiu a escalação da dura vitória sobre o Irã no último sábado. Na Nigéria, o técnico Stephen Keshi também escalou os 11 titulares do triunfo sobre a Bósnia, no mesmo dia.

O começo de jogo no Beira-Rio foi promissor, e a Argentina abriu o placar logo aos dois minutos de bola rolando, em um lance inusitado. Di María foi lançado por Mascherano e encheu o pé. A bola bateu na trave, no goleiro, na trave de novo e sobrou para Messi fuzilar e estufar a rede.

A resposta nigeriana veio um minuto depois, e da melhor forma possível: com o gol de empate. Babatunde abriu na esquerda para Musa, que cortou para o meio e bateu colocado no canto esquerdo de Romero.

O 1 a 1 aconteceu bem cedo, mas as boas jogadas de ataque continuaram acontecendo, embora as defesas tenham levado a melhor contra os ataques por um bom tempo. Aos oito minutos, Messi enfiou para Higuaín, que ficou de frente para o goleiro Enyema, mas finalizou para fora.

A Nigéria não se escondia do jogo, mas era a Argentina quem tinha mais a bola no campo de ataque. Aos 19, Messi fez o levantamento em cobrança de falta da direita e Mikel cabeceou contra a própria meta, mas, atento, Enyema segurou.

Aparecendo pouco até então, Di María, que é apontado como segunda peça mais importante da 'Albiceleste', enfim deu o ar da graça. E logo em dose dupla. Aos 24, depois de triangulação com Agüero e Higuaín, o jogador do Real Madrid chutou cruzado e Messi por pouco não completou. Aos 29, o camisa 7 arriscou de fora e ia acertando o cantinho esquerdo, mas o goleiro se esticou e espalmou para fora.

Nos instantes finais antes do intervalo, duas jogadas bem parecidas terminaram com desfecho diferente e levaram o domínio argentino em campo ao placar. Messi cobrou falta duas vezes, aos 43 e aos 46 minutos. Na primeira, Enyama se esticou todo e fez linda defesa. Na segunda, porém, o camisa 1 nigeriano apostou em um golpe de vista e se tornou apenas um espectador privilegiado de mais um belo gol do craque.

A segunda etapa começou como a primeira, recheada de gols. Logo aos dois minutos, Musa tabelou com Emenike, que devolveu com belo giro, e apareceu entre dois zagueiros para tocar no contrapé do goleiro Romero.

Mas a alegria nigeriana durou muito pouco. Logo na jogada seguinte, Messi cobrou escanteio da esquerda e Garay errou o cabeceio, mas Rojo estava atento e completou para a rede, fazendo o primeiro gol de um argentino que não Messi nesta Copa. O camisa 10 fez quatro até então, e Kolasinac marcou contra na vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia na estreia.

Empolgada, a Argentina foi para cima, e oportunidades não faltaram para que o quarto gol saísse na sequência. Di María pegou a sobra após tentativa de Lavezzi, que entrou em lugar de Agüero, e parou em Enyema, aos seis minutos. Aos nove, Higuaín saiu na cara do goleiro, que defendeu com o pé.

A partir daí, o ritmo caiu, e os lances ganhavam destaque mais pelo inusitado do que por representar perigo de gol. Como aos 17, quando Babatunde foi atingido no braço por um chute de um companheiro, Onazi, e por isso teve que ser substituído.

O representante da África acordou para o jogo apenas aos 28, na descida de Odemwingie pela direita. Ele cruzou para trás, Musa chegou batendo de primeira e mandou para fora.

Para sair da inércia e demonstrar algum interesse no jogo, a Argentina se valeu de uma jogada ensaiada. Aos 33, Di María cobrou falta com um leve toque por cima da barreira, e Lavezzi teve tudo para marcar, mas demorou a definir e foi bloqueado. Dois minutos depois, Garay subiu livre, mas cabeceou à esquerda da meta.

Sem muita força para tentar ao menos o empate, a Nigéria deu suas duas últimas cartadas aos 38 e aos 41 minutos, mas o chute de fora de Emenike subiu muito, e Ambrose, dentro da área pela direita, teve a finalização desviada por Garay.

Ficha técnica:.

Nigéria: Enyeama; Ambrose, Oshaniwa, Yobo e Omeruo; Obi Mikel e Onazi; Babatunde (Uchebo), Musa e Odemwingie (Uche Nwofor); Emenike. Técnico: Stephen Keshi.

Argentina: Romero; Zabaleta, Garay, Federico Fernández e Rojo; Gago, Mascherano e Di María; Agüero (Lavezzi), Messi (Ricky Álvarez) e Higuaín (Biglia). Técnico: Alejandro Sabella.

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália), auxiliado pelos compatriotas Renato Faverani e Andrea Stefani.

Cartões amarelos: Omeruo e Oshaniwa (Nigéria).

Gols: Musa (2x) (Nigéria); Messi (2x) e Rojo (Argentina).

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre.

EFE   
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