PUBLICIDADE

Terra na Copa

'Mineiratzen' marcará a seleção nos próximos 100 anos

8 jul 2014 - 20h32
Compartilhar

O "Mineiratzen", como já está sendo chamada a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1, será lembrado nos próximo 100 anos no mundo do futebol, que foi abalado por uma goleada inédita em semifinais de Copa do Mundo nesta terça-feira, exatamente sobre a única seleção pentacampeã mundial.

Nas arquibancadas, milhares de brasileiros incrédulos, boquiabertos, romperam seu silêncio para vaiar os jogadores da seleção e insultar a presidente Dilma Rousseff com a já conhecido "vai tomar no c...!" - ao final do maior vexame da história da seleção brasileira.

O Brasil não vinha jogando bem. Sofreu contra a Croácia (2-1), empatou com o México (0-0) e apenas teve vida fácil com a fraca seleções de Camarões (4-1), na fase de grupos do Mundial. Nas oitavas, se livrou do Chile na disputa de pênaltis, após empate por 1 a 1, antes de vencer a Colômbia nas quartas, por 2 a 1.

Luiz Felipe Scolari disse durante muito tempo que o Brasil "tinha a Copa na mão", mas hoje carrega o troféu de maior vexame da história da seleção, com o "Mineiratzen" superando amplamente o "Maracanaço", quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo de 1950 por 2 a 1 para o Uruguai, até então a maior tragédia do futebol brasileiro.

Neymar foi poupado do vexame devido à fratura na vértebra sofrida no jogo contra a Colômbia, mas sua presença certamente não teria evitado o pior, em uma equipe que bateu cabeça e sofreu quatro gols em apenas seis minutos no primeiro tempo.

Apontada como uma das melhores defesas do Brasil de todos os tempos (apesar da ausência do suspenso Thiago Silva), David Luiz, Maicon, Dante e Marcelo foram colocados na roda pelo ataque alemão, Luiz Gustavo, Fernandinho e Oscar foram anulados no meio-campo do Brasil, enquanto Hulk e Fred nada fizeram no ataque.

Em 1950, quando o Brasil foi vice-campeão e perdeu no Maracanã, o bode expiatório foi o goleiro Barbosa, mas nesta terça-feira quase todos, especialmente o técnico Luiz Felipe Scolari, tiveram participação ativa na tragédia nacional.

Organizada, equilibrada em cada linha e jogando com autoridade e tranquilidade, a Alemanha deu uma aula de futebol a uma seleção brasileira que mostrou medo e desequilíbrio emocional a partir da fase de mata-mata do torneio.

Ao contrário do "Maracanaço", tragédia que se abateu sobre a seleção devido ao "já ganhou" após as goleadas sobre Suécia (7-1) e Espanha (6-1), o "Mineiratzen" foi resultado da falta de confiança de uma equipe que apostou na imagem e não no futebol.

O dia 8 de julho ficará marcado para sempre na história do Brasil.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade