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Terra na Copa

Mujica critica punição a Suárez: "Será eterna vergonha das Copas"

27 jun 2014 - 15h23
(atualizado às 15h29)
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O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta sexta-feira que a sanção imposta pela Fifa a Luis Suárez por morder o italiano Giorgio Chiellini ficará "na pior memória da história do futebol", como uma "eterna vergonha".

Em seu habitual discurso radiofônico na emissora "M24", o presidente considerou a sanção da Fifa uma "agressão" a "todo um país".

"Tivemos que sofrer não uma injustiça ou uma sanção, que em parte poderia entender-se, mas só em parte. Mas não se pode entender jamais a truculência, a forma, os procedimentos aplicados. Uma monstruosa agressão. Não só a um homem, mas a um país", declarou o presidente.

Mujica comentou que por este motivo foi de madrugada ao aeroporto receber o jogador em seu retorno da concentração da seleção uruguaia no Brasil, de onde foi expulso por ordem da Fifa.

"Fomos receber este rapaz, mas erramos no horário. Voltamos às 5h da manhã e no meio da pista, em nome do povo uruguaio, lhe demos um humilde abraço e o convidamos a seguir vivendo, aprendendo. Estávamos com a família o recebendo em uma manhã fria, mas todos com o coração quente, unidos como sociedade", relatou Mujica.

Apesar da indignação com a Fifa, o presidente, um ex-guerrilheiro de 79 anos, ressaltou que a Copa do Mundo é acima de tudo "uma festa esportiva" e não "uma guerra".

"Que a dor e a ofensa não nos diminua a alma nem a visão. Confiamos e estamos ao lado de nossos compatriotas no triunfo ou na derrota", acrescentou.

Antes, em um programa de televisão no qual foi entrevistado por Diego Maradona, Mujica havia qualificado a sanção como uma "agressão contra os meninos do povo uruguaio".

EFE   
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