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Terra na Copa

Na Bahia, Capello se divide entre mapas e cervejas em preparação da Copa

5 dez 2013 - 07h52
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Fabio Capello foi o primeiro treinador a chegar na Costa do Sauípe
Fabio Capello foi o primeiro treinador a chegar na Costa do Sauípe
Foto: Getty Images

Bermuda, camiseta, chinelos e eventualmente um pouco de cerveja, já que ninguém é de ferro. Na Costa do Sauípe desde terça-feira, Fabio Capello se comporta de maneira bastante tranquila, aberta e difícil de imaginar para um dos treinadores mais vitoriosos do futebol internacional nos últimos 30 anos.

À frente da seleção russa desde a temporada passada e com 67 anos, Capello, como outros 31 comandantes de seleções do Mundial, está na Bahia para o sorteio da Copa na próxima sexta. Já são no mínimo três visitas a cinco estados diferentes do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e agora Bahia) nos últimos meses, tempo suficiente para o italiano absorver mais do espírito local e deixar de lado preocupações sobre o clima para junho de 2014.

“No Mundial, não vai fazer esse calor todo. O que tem que ver é quando viermos jogar aqui no Norte (e Nordeste). Jogar no calor (dessas regiões) certamente vai ser um grande dispêndio de energia. A recuperação entre uma partida e outra será o problema”, diz o descontraído Capello em entrevista a três veículos brasileiros, entre eles o Terra, na Costa do Sauípe.

É verdade que a aparência não deixa à mostra, mas Capello e a Rússia estão preocupados com a logística durante a Copa. Com seu estafe da federação russa, o treinador passou a noite de terça com um mapa brasileiro em mãos e discutiu possibilidades na medida em que o sorteio de sexta defina a tabela. As viagens dentro de um país de dimensões continentais, para os russos, podem soar mais familiares, mas temperaturas acima de 15 graus nem tanto.

Os títulos de Fabio Capello
Clube Conquistas
Roma Campeonato Italiano (2000/01) e Supercopa Italiana (2001)
Real Madrid Campeonato Espanhol (1997 e 2007) 
Milan Campeonato Italiano (1992, 93, 94 e 96), Supercopa Italiana (92, 93 e 94), Liga dos Campeões (94) e Supercopa Europeia (94)

Amigo de Luiz Felipe Scolari, com quem deve se encontrar nesta quinta, Fabio Capello faz elogios ao trabalho de resultados rápidos que Felipão impôs ao Brasil. A Rússia do próprio Capello foi o segundo rival do treinador brasileiro, em março, e dominou o confronto que acabou com empate por 1 a 1 em Londres. Desde aquele dia, a Seleção evoluiu, venceu a Copa das Confederações e encorpou no segundo semestre. Mas os russos efetivamente dominaram aquele jogo que acabou com gol de Fred no final.

“Conheço muito bem o treinador (Felipão), sou amigo dele e sabia de sua capacidade. Ele é muito capaz! Com calma, escolheu os jogadores de acordo com sua ideia de jogo e uma seleção, pelo que vi na Copa das Confederações, muito forte fisicamente, agressiva e dura. Mais europeia que sul-americana”, admitiu Capello, com conhecimentos claros sobre o time.

“Não tem a fantasia que sempre tem a Seleção Brasileira, mas é muito sólida na defesa, muito robusta no meio-campo e na frente tem Neymar. Falta recuperar o centroavante, que hoje é o que está faltando”, disse ainda com menção a Fred, machucado. “Poderia ser Diego Costa, mas sobre isso não falo porque também sou amigo de Vicente del Bosque”, sorri.

No lobby do hotel onde está hospedado na Costa do Sauípe, Capello prepara mais uma resposta, mas é interrompido por um segurança da Fifa. “Aqui não são permitidas entrevistas”, diz o homem. O treinador pede licença e já não faz questão de prosseguir. Afinal já era fim de tarde, e cervejas geladas aguardavam por ele e quatro colegas da Federação Russa no restaurante.

Capello no auge pelo Milan em 1996: mentor de esquadrão histórico com Baresi, Maldini, Rijkaard, Gullit e Van Basten
Capello no auge pelo Milan em 1996: mentor de esquadrão histórico com Baresi, Maldini, Rijkaard, Gullit e Van Basten
Foto: Getty Images

Fonte: Terra
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