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Terra na Copa

"Não temos plano B", diz chefe do comitê da Copa sobre segurança

5 nov 2013 - 18h23
(atualizado às 21h51)
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O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 não vê necessidade de elaborar um "plano B" para o caso de protestos, como aqueles que tomaram conta do Brasil durante a Copa das Confederações, afetarem a realização de jogos durante o Mundial.

A declaração foi dada pelo diretor do COL, Ricardo Trade, em visita à sede da BBC em Londres, na terça-feira.

As manifestações, ainda frequentes no pais, e o crescimento de movimentos como os Black Blocs, não mudaram a postura dos organizadores, que confiam no poder público para garantir que o evento seja realizado com segurança no ano que vem. Por conta disso, o COL não entende que seja necessário preparar um plano de contingência.

"É impossível saber isso (se haverá protesto durante a Copa). Temos vários protestos agora sobre educação, saúde, professores. Eu não sei se vai haver durante a Copa, pode acontecer, mas o governo garante que se houver, eles estarão preparados para lidar com isso", afirmou Trade. O dirigente do COL ainda insistiu que a responsabilidade de garantir a segurança das pessoas do lado de fora do estádio pertence ao governo e mostrou plena confiança de que ela funcionará muito bem em 2014.

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"Eles (governo) nos garantiram que, dentro dos estádios, não haverá problemas e que eles estão preparados para lidar com essas situações. Não temos nenhum plano B para isso, o governo nos garantiu que os estádios estariam livres para receber os jogos da Copa do Mundo, conforme fizemos durante a Copa das Confederações". 

As partidas da Copa das Confederações em junho aconteceram normalmente, mas do lado de fora dos estádios, as manifestações causaram um tumulto grande na entrada dos torcedores. Além disso, os confrontos entre a Policia Militar e os manifestantes chegaram a assustar alguns turistas e também atrapalharam um pouco os jogadores, já que do gramado do Maracanã, por exemplo, durante a final entre Brasil e Espanha, era possível sentir o cheio do gás lacrimogêneo.

Desde então, a onda de protestos no Brasil diminuiu, mas segue forte em algumas cidades. São Paulo e Rio de Janeiro - sedes da abertura e da final da Copa de 2014, respectivamente - registram manifestações semanalmente, com alguns conflitos principalmente entre policiais e representantes dos Black Blocs. Além disso, na capital paulista, o PCC (Primeiro Comando da Capital) também usou o Mundial como uma forma de ameaçar o governo na tentativa de impedir a transferência de alguns líderes do partido para presídios de segurança máxima no Estado, e prometeu uma "Copa do Terror" no ano que vem.

Ainda assim, o COL está certo de que, mesmo que os protestos se repitam, o Brasil será capaz de realizar o evento sem maiores problemas. "Claro que não foi fácil lidar com os protestos durante a Copa das Confederações, mas se acontecer na Copa do Mundo, a polícia tem o papel de cuidar disso e evitar que chegue dentro do estádio, porque o estádio é o coração do torneio", reforçou Ricardo Trade.

Para Ronaldo, Copa tem "apoio popular"

Membro do Comitê Organizador Local (COL) e embaixador da Copa do Mundo no Brasil, Ronaldo também está certo de que o Mundial será um sucesso de organização e mostrará ao mundo a capacidade brasileira para realizar grandes eventos. Também em visita à sede da BBC em Londres, o ex-jogador ressaltou que a maioria do povo brasileiro apoia a Copa no país e que já é possível sentir parte dos benefícios trazidos pelo Mundial.

"Em termos de Copa, conseguimos ver um grande avanço já, foram grande investimentos, não só em estádio, mas principalmente em infraestrutura, em mobilidade urbana. E a gente tem que aproveitar a Copa do Mundo para pedir mais investimentos", disse. "Só uma pequena parte das pessoas que é contra a Copa. As últimas pesquisas mostram que 90% da população é a favor. Nós temos o apoio popular e vemos que as pessoas acreditam que a Copa vai trazer benefícios para as suas cidades."

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