Na Copa do Mundo de 2014, o Brasil pode ver jogadores naturalizados disputando contra a Seleção pelo título do Mundial. De atletas que se firmaram no exterior a filhos de ex-craques e até mesmo jogadores que apenas nasceram no País, veja quem pode ser um "inimigo íntimo"
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Diego Costa (Espanha): Após muita polêmica, o atacante nascido em Lagarto, no Sergipe, recusou a convocação de Luiz Felipe Scolari para defender o Brasil em amistosos na América do Norte e manifestou o desejo de jogar pela Espanha. O atacante do Atlético de Madrid, artilheiro do Campeonato Espanhol, já havia vestido a amarelinha em amistosos no início de 2013
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Benny Feilhaber (Estados Unidos): nascido no Rio de Janeiro em 19 de Janeiro de 1985, Feilhaber mudou-se para os Estados Unidos com seis anos de idade e tem na carreira passagens por equipes alemã, inglesa e dinamarquesa, além de americanas. Já jogou duas vezes contra o Brasil, uma delas na Copa das Confederações de 2009.
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Cássio (Austrália): carioca de nascimento, Cássio é um lateral com passagens por Flamengo, Internacional, Ceará, Brasiliense e Santa Cruz. Está no clube australiano Adelaide desde 2007, no qual é ídolo e sonha em ser convocado para a seleção.
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Douglas (Holanda): o catarinense de Florianópolis começou a carreira no Joinville e ainda passou pelo Goiás. Está no Twente, da Holanda, desde 2007 e foi convocado recentemente para a seleção do país europeu.
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Eduardo da Silva (Croácia): nascido no Rio de Janeiro, Eduardo foi para a Croácia ainda jovem, quando passou a integrar as categorias de base do Dinamo Zagreb. É um dos grandes jogadores da seleção local e chegou a ser atleta do Arsenal, da Inglaterra, entre 2007 e 2010.
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Marcos González (Chile): o zagueiro nasceu no Rio de Janeiro, em 9 de junho de 1980, mas foi para o Chile aos dois anos de idade com seus pais. Além de equipes do país sul-americano, atuou no Colorado Crew, dos Estados Unidos, e do Colón, da Argentina, antes de retornar ao Brasil, onde joga pelo Flamengo atualmente.
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Igor de Camargo (Bélgica): paulistano de Porto Feliz, o atacante desenvolveu toda sua carreira na Bélgica, onde atuou por Genk, Beringen-Heusden-Zolder, Brussels, Standard Liège e Borussia Mönchengladbach. Tem nove convocações para a seleção do país.
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Sinha (México): Nascido em Itajá, no Rio Grande do Norte, o meia Sinha já defendeu o México na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Apesar de já ter 37 anos, voltou a ser convocado para representar o país da América do Norte na repescagem contra a Nova Zelândia
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Marcus Túlio Tanaka (Japão): apesar de nascido em Palmeira d'Oeste (SP), o zagueiro mudou-se para o Japão aos 15 anos e desenvolveu toda sua carreira no país nipônico. Tem passagens por quatro clubes japoneses e já foi titular absoluto da seleção nacional.
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Matías Aguirregaray (Uruguai): lateral direito nascido em Porto Alegre, o atleta é filho de Óscar Aguirregaray, ex-jogador da seleção uruguaia nos anos 1980 e 1990 e que era jogador do Internacional quando Matías nasceu. Atualmente, o lateral, que tem passagem pelo Palermo, da Itália, está no Cluj, da Romênia.
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Pepe (Portugal): o alagoano de Maceió começou sua carreira em categorias de base no Brasil, mas conseguiu destaque em Portugal, onde atuou por Marítimo e Porto. Chamou a atenção até do Real Madrid, onde joga atualmente.
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Thiago Motta (Itália): um dos brasileiros naturalizados mais conhecidos, Thiago Motta, que nasceu em São Bernardo do Campo (SP), mas joga pela Itália, é normalmente convocado para a equipe do técnico Cesare Prandelli. Atualmente no PSG, o volante tem passagens por Barcelona, Atlético de Madrid, Genoa e Inter de Milão.
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Thiago Alcântara (Espanha): filho do ex-craque Mazinho, Thiago nasceu na Itália, mas tinha apenas nacionalidade brasileira quando decidiu representar a Espanha, em decisão polêmica. É jogador do Barcelona e tem passagem por todas as seleções de base da atual campeã do mundo.
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Cacau (Alemanha): o atacante nasceu em Santo André, em 27 de Março de 1981, e começou a carreira no Nacional-SP, antes de partir para o futebol alemão. Naturalizou-se pela seleção europeia e já tem 22 jogos com a camisa do país.
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O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 não vê necessidade de elaborar um "plano B" para o caso de protestos, como aqueles que tomaram conta do Brasil durante a Copa das Confederações, afetarem a realização de jogos durante o Mundial.
A declaração foi dada pelo diretor do COL, Ricardo Trade, em visita à sede da BBC em Londres, na terça-feira.
As manifestações, ainda frequentes no pais, e o crescimento de movimentos como os Black Blocs, não mudaram a postura dos organizadores, que confiam no poder público para garantir que o evento seja realizado com segurança no ano que vem. Por conta disso, o COL não entende que seja necessário preparar um plano de contingência.
"É impossível saber isso (se haverá protesto durante a Copa). Temos vários protestos agora sobre educação, saúde, professores. Eu não sei se vai haver durante a Copa, pode acontecer, mas o governo garante que se houver, eles estarão preparados para lidar com isso", afirmou Trade. O dirigente do COL ainda insistiu que a responsabilidade de garantir a segurança das pessoas do lado de fora do estádio pertence ao governo e mostrou plena confiança de que ela funcionará muito bem em 2014.
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"Eles (governo) nos garantiram que, dentro dos estádios, não haverá problemas e que eles estão preparados para lidar com essas situações. Não temos nenhum plano B para isso, o governo nos garantiu que os estádios estariam livres para receber os jogos da Copa do Mundo, conforme fizemos durante a Copa das Confederações".
As partidas da Copa das Confederações em junho aconteceram normalmente, mas do lado de fora dos estádios, as manifestações causaram um tumulto grande na entrada dos torcedores. Além disso, os confrontos entre a Policia Militar e os manifestantes chegaram a assustar alguns turistas e também atrapalharam um pouco os jogadores, já que do gramado do Maracanã, por exemplo, durante a final entre Brasil e Espanha, era possível sentir o cheio do gás lacrimogêneo.
Desde então, a onda de protestos no Brasil diminuiu, mas segue forte em algumas cidades. São Paulo e Rio de Janeiro - sedes da abertura e da final da Copa de 2014, respectivamente - registram manifestações semanalmente, com alguns conflitos principalmente entre policiais e representantes dos Black Blocs. Além disso, na capital paulista, o PCC (Primeiro Comando da Capital) também usou o Mundial como uma forma de ameaçar o governo na tentativa de impedir a transferência de alguns líderes do partido para presídios de segurança máxima no Estado, e prometeu uma "Copa do Terror" no ano que vem.
Ainda assim, o COL está certo de que, mesmo que os protestos se repitam, o Brasil será capaz de realizar o evento sem maiores problemas. "Claro que não foi fácil lidar com os protestos durante a Copa das Confederações, mas se acontecer na Copa do Mundo, a polícia tem o papel de cuidar disso e evitar que chegue dentro do estádio, porque o estádio é o coração do torneio", reforçou Ricardo Trade.
Para Ronaldo, Copa tem "apoio popular"
Membro do Comitê Organizador Local (COL) e embaixador da Copa do Mundo no Brasil, Ronaldo também está certo de que o Mundial será um sucesso de organização e mostrará ao mundo a capacidade brasileira para realizar grandes eventos. Também em visita à sede da BBC em Londres, o ex-jogador ressaltou que a maioria do povo brasileiro apoia a Copa no país e que já é possível sentir parte dos benefícios trazidos pelo Mundial.
"Em termos de Copa, conseguimos ver um grande avanço já, foram grande investimentos, não só em estádio, mas principalmente em infraestrutura, em mobilidade urbana. E a gente tem que aproveitar a Copa do Mundo para pedir mais investimentos", disse. "Só uma pequena parte das pessoas que é contra a Copa. As últimas pesquisas mostram que 90% da população é a favor. Nós temos o apoio popular e vemos que as pessoas acreditam que a Copa vai trazer benefícios para as suas cidades."
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