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Terra na Copa

Neymar reconhece má campanha da seleção: "deixou a desejar"

10 jul 2014 - 19h11
(atualizado às 19h16)
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O atacante Neymar afirmou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva após seu retorno à Granja Comary, que a seleção brasileira exibiu um "futebol regular" durante toda a Copa do Mundo.

"A gente fez de tudo para conseguir ser campeão no país em que a gente nasceu. Era a chance de marcar o nome na história, mas a gente falhou, errou e deixou a desejar", reconheceu o camisa 10.

"Mostramos um futebol regular, e por isso chegamos à semifinal. Não mostramos um futebol de seleção brasileira, que é superior e encanta a todos", frisou.

Neymar incentivou seus companheiros de seleção a "levantar a cabeça" e "encarar como uma final" a decisão do terceiro lugar, contra a Holanda, no sábado, para "terminar a Copa sorrindo".

"Não tenho vergonha de ser brasileiro. Fomos fracassados, sim, perdemos. Mas é o que eu falei, perder e ganhar fazem parte do futebol. Só não queríamos perder dessa forma", comentou o atacante, que explicou que voltou à concentração em Teresópolis porque tinha prometido aos demais jogadores da seleção terminar a participação na Copa com eles.

O craque comemorou que "pelo menos" pode "andar" depois da fratura que sofreu em uma vértebra após a joelhada que levou do lateral Camilo Zúñiga na partida contra a Colômbia, pelas quartas de final.

"Se fosse dois centímetros para dentro, eu poderia estar em uma cadeira de rodas", ressaltou.

Neymar também revelou que recebeu uma ligação do jogador colombiano com um pedido de desculpas pelo lance.

"Ele me ligou e pediu desculpas, disse que não queria me machucar, falou muita coisa legal. Desejo que Deus o abençoe, que ele tenha sucesso na carreira dele", contou.

Apesar de ter dito que perdoaria Zúñiga - "não sinto ódio, não sinto nada" -, Neymar afirmou que não encarou a joelhada como uma ação normal do jogo.

"Todo mundo que entende de futebol sabe que é uma entrada não é normal. Quando você quer fazer uma falta para parar o contra-ataque, você segura, empurra, atinge o tornozelo. Da forma como ele veio, da forma como a bola estava chegando, não é uma falta normal de jogo", declarou.

Sobre o massacre de 7 a 1 sofrido pelo Brasil diante da Alemanha, o atacante reiterou o discurso de "apagão" adotado pela comissão técnica e outros jogadores, mas classificou a derrota como "inexplicável".

"Foi uma coisa inacreditável, inexplicável, eu não consigo explicar, nem tem o que explicar. Foi um apagão, acabamos tomando gols e fica difícil de reverter", disse.

"É difícil passar por isso, eu já passei e sei que é difícil conviver com isso. Você não consegue acertar um passe, não consegue fazer nada. Não tem explicação, não vim aqui explicar o que aconteceu na partida. Perguntei para eles (jogadores), e eles falaram que não tem como explicar", acrescentou.

EFE   
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