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Terra na Copa

Nigéria quer vitória contra o Irã para sonhar com vaga nas oitavas

15 jun 2014 - 09h32
(atualizado às 14h09)
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A seleção da Nigéria, atual campeã africana, não deve ter problemas na estreia na Copa do Mundo do Brasil, na segunda-feira contra o Irã, em tese o rival mais frágil do Grupo F, que conta ainda com Argentina e Bósnia.

Em sua quinta participação em um Mundial, as 'Super Águias' têm a oportunidade iniciar a campanha de maneira mais calma, antes dos confrontos mais complicados em busca de uma vaga nas oitavas de final.

Qualquer resultado diferente da vitória pode ter consequências duras para uma equipe que voltou a ganhar destaque depois do título na Copa Africana de Nações de 2013.

O torneio revelou uma equipe sem estrelas, com exceção do meia e capitão John Obi Mikel, mas unida ao redor do técnico Stephen "Big Boss" Keshi, que em alguns momentos mais parece um rapper que um treinador.

Mas a expectativa criada não foi confirmada e na Copa das Confederações de 2013 a Nigéria foi eliminada na primeira fase, com derrotas para Uruguai e Espanha.

Os amistosos de preparação também provocaram dúvidas, com empates contra Escócia (2-2) e Grécia (0-0) e uma derrota para os Estados Unidos (2-1).

"Eles têm um bom treinador e também jogadores de qualidade. Não sabemos muito do Irã, mas veremos na segunda-feira", disse Keshi.

Os iranianos chegam ao Brasil como completos desconhecidos. Em sua quarta Copa do Mundo, o país foi prejudicado pelo contexto geopolítico.

O acordo temporário de seis meses assinado em novembro sobre o programa nuclear iraniano, que as grandes potências suspeitam que teria finalidade militar, suavizou as sanções que prejudicam a economia do país. Mas as transações financeiras permanecem submetidas a um rígido controle.

Depois de garantir a classificação para o Mundial, o técnico da seleção iraniana, o português Carlos Queiroz, lutou contra a falta de recursos da Federação e contra a impossibilidade de organizar partidas contra seleções de destaque. No fim, conseguiu concentrar a equipe na África do Sul e depois na Áustria.

Para complicar ainda mais a situação, uma queixa 'sui generis' surgiu sobre a qualidade dos uniformes fornecidos pela empresa Uhlsport, que supostamente encolhiam após a lavagem.

Mas, apesar dos obstáculos, Queiroz confia em seus jogadores.

"Não tenho dúvidas sobre meus jogadores. Estão prontos. Desejam dar 100% e trabalhar duro para conseguir resultados", afirmou o lusitano.

Os iranianos sonham em, pelo menos, repetir seu melhor resultado, obtido na França-1998, quando conseguiram uma vitória, muito simbólica, sobre os Estados Unidos (2-1).

Mas a missão é muito difícil para a equipe, que ocupa a 43ª posição no ranking da Fifa.

Irã: Davari - Heydari, Montazeri, Hosseini, Beitashour - Nekounam (cap), Teymourian, Dejagah - Pooladi, Ghoochannejad, Shojaie. DT: Carlos Queiroz (POR)

Nigéria: Enyeama - Ambrose, Oshaniwa, Yobo, Oboabona - Mikel, Onazi, Azeez - Moses, Ameobi, Odemwingie. DT: Stephen Keshi (NGR)

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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