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Terra na Copa

Nike-Adidas, duelo de gigantes na Copa do Mundo do Brasil-2014

7 mar 2014 - 20h44
(atualizado às 20h46)
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Cristiano Ronaldo contra Leo Messi, Brasil contra Espanha: no Mundial-2014, o duelo será também econômico entre a marca americana de roupa esportiva Nike e a alemã Adidas, patrocinadora oficial da Copa do Mundo, mas superada no número de seleções classificadas para o torneio.

Dez equipes da Nike, oito da Adidas: um domínio numérico que permitiu a Trevor Edwards, diretor da Nike Brands, declarar na quinta-feira que a empresa americana é agora "a marca de futebol líder no mundo", em entrevista á AFP.

A Adidas, por sua vez, afirmou nesta semana, através de Herbert Hainer, seu diretor-geral, que terá "um papel dominante" no Mundial brasileiro.

A marca alemão estará em campo em todos os jogos graças à "Brazuza", a bola oficial da competição, e, com a Espanha, defenderá o título de campeã da Copa do Mundo, torneio conquistado apenas uma vez pela Nike, em 2002 com a seleção brasileira.

A Adidas, porém, estará em desvantagem no número de equipes patrocinadas que participarão da competição.

A empresa alemã fornece material esportivo para Espanha, Argentina, Colômbia, Alemanha, Japão, México, Nigéria e Rússia, enquanto a Nike patrocina Austrália, Brasil, Croácia, Inglaterra, França, Grécia, Holanda, Portugal, Coreia do Sul e Estados Unidos.

A Nike, líder mundial na produção de material têxtil voltado para o esporte, é relativamente novata no futebol, esporte tradicionalmente dominado pela Adidas, no qual a empresa americana desembarcou nos anos 90.

A evolução, porém, foi rápida, e a marca de Portland, no estado americano de Oregon, acredita que os lucros anuais com o futebol, quase 2 bilhões de dólares, poderiam superar os do basquete, esporte que lançou a empresa.

"Isto pode acontecer em breve", insistiu Trevor Edwards, na quinta-feira em Barcelona, no lançamento da "Magista", a última chuteira da Nike, que patrocina o português Cristiano Ronaldo, eleito o melhor jogador do mundo.

Algumas horas antes, a Adidas, marca que tem contrato com o argentino Lionel Messi, havia desvendado a "Primeknit".

Com vendas recordes esperadas durante as quatro semanas do Mundial, cada gol de jogadores patrocinados por estas marcas será estudado com atenção.

"A Copa do Mundo é a ocasião de capturar esta energia do futebol e utilizá-la para nos conectar com nossos clientes", explicou Edwards à AFP.

A Copa do Mundo permite ter "um impacto a longo prazo na imagem da marca e na fidelidade do consumidor", confirma Magdalena Kondej, da Euromonitor, especialista em análise de mercados.

Poucos mercados nacionais serão tão cobiçados como o brasileiro, que conta com a seleção favorita ao título da Copa do Mundo e é uma potência econômica crescente. Até o dia 12 de julho, dia da abertura do Mundial, a Nike espera ter alcançado um valor de negócio de 1 bilhão de dólares no "país do futebol".

"Nos dois próximos anos, que levarão aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o mercado brasileiro será provavelmente o terceiro no mundo", atrás de Estados Unidos e China, garantiu Edwards.

A Euromonitor concorda, afirmando que o mercado brasileiro de indústria têxtil esportiva deve crescer em 2014 em 1.4 bilhão de dólares, cerca de 12,5%, um mercado do qual a Nike possuía 12,1% em 2013, contra 5,5% da Adidas.

"O patrocínio da seleção brasileira pela Nike é uma enorme vantagem", explica Kondej, que afirma que "será difícil para a Adidas recuperar o atraso".

A marca alemã deverá aumentar a presença nas redes sociais, ferramenta obrigatória para atrair a atenção dos consumidores, continuou a analista, lembrando que a conta no Twitter da Nike tem quase 3 milhões de seguidores, contra 780.000 da Adidas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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